Primeiro veio a estréia em circuitos ovais, ocorrida antes mesmo da assinatura do contrato com a equipe RLR Andersen para a temporada de 2009 da Fórmula Indy Lights. Depois, treinos e corridas em pistas desconhecidas, que mesclaram traçados permanentes, de rua e ovais de todos os tamanhos e características.
E depois desse verdadeiro “curso intensivo” sobre o automobilismo da América do Norte, chegou a vez do brasileiro Romancini enfrentar mais um desafio exclusivo das categorias da região neste fim de semana: correr em um aeroporto.
A décima etapa da Indy Lights será realizada neste sábado no Edmonton City Centre Airport, no Canadá, e pode ser considerada uma experiência nova para todas as equipes do grid – e para 17 dos 21 pilotos que devem competir neste final de semana.
“A pista é muito diferente de tudo o que eu já tinha visto, e tem características muito peculiares, que só se pode encontrar mesmo em um aeroporto”, disse o brasileiro. “Em alguns trechos o traçado é muito largo, e temos uma pista totalmente plana, com apenas uma curva lenta, trechos de média velocidade e diversas chicanes”, acrescentou.
O circuito do aeroporto de Edmonton foi adicionado este ano ao calendário da Fórmula Indy Lights, e por isso é novidade para os engenheiros. Os únicos competidores com alguma experiência no traçado são J.R. Hildebrand, James Hinchcliffe, James Davison e Richard Philippe, que competiram na improvisada pista canadense em categorias de base.
Esse ineditismo, na opinião de Romancini, é visto como um fator positivo e aumenta suas expectativas em torno da conquista de um bom resultado neste sábado. Embora tenha enfrentado dificuldades na maioria das provas realizadas em circuitos mistos em 2009 – em razão, principalmente, de sua não participação em treinos livres no início do campeonato –, Romancini aposta em recuperação na etapa de Edmonton.
“Teremos somente um treino livre antes da classificação, como ocorreu em outras etapas, mas nessa pista o equilíbrio inicial de forças deve ser maior. Como ninguém tem um acerto-base definido, a escolha do caminho mais adequado no primeiro treino desta sexta-feira pode fazer toda a diferença”, analisou o brasileiro.
Em sua primeira temporada na Indy Lights, Romancini já cumula uma pole position, uma vitória e três pódios. Com 249 pontos ganhos, ele é o terceiro colocado na classificação geral, e melhor brasileiro no torneio que dá acesso a IRL, principal categoria de monopostos do continente. O líder é o norte-americano J.R. Hildebrand, que soma 319 pontos. A cada etapa, 53 pontos estão em jogo na Indy Lights.
“Assim como em outras provas, terei pouco tempo para me acostumar ao traçado e para buscar o melhor acerto do carro, e por isso toda a dinâmica do nosso treino livre vai ser acelerada. Certamente daremos um número menor de voltas durante o período, em razão do maior número de paradas para eventuais ajustes que estamos prevendo. Mas, neste ano tudo que se refere à Fórmula Indy Lights está sendo novidade para mim, então já estou habituado a esse tipo de desafio”, encerrou o brasileiro.