Fórmula E: Drugovich brilha em estreia com 12 ultrapassagens e pontos em Berlim

Felipe Drugovich teve uma estreia marcante na Fórmula E, somando seus primeiros pontos logo em sua primeira participação na categoria. No circuito montado no antigo aeroporto de Tempelhof, em Berlim, o piloto brasileiro impressionou ao escalar o pelotão e terminar em sétimo lugar na corrida de domingo, após largar apenas da 19ª posição.

A etapa na Alemanha marcou a penúltima rodada da temporada 2025 da Fórmula E e foi disputada em formato de rodada dupla. Drugovich foi chamado de última hora para substituir o holandês Nyck De Vries na equipe Mahindra e enfrentou uma série de dificuldades no sábado, mas deu a volta por cima no domingo e mostrou que tem potencial para se adaptar rapidamente aos desafios da categoria dos carros elétricos.

No sábado, o piloto de testes da Aston Martin na Fórmula 1 teve um início conturbado. Após registrar o décimo tempo na classificação geral, acabou largando apenas da 17ª posição por conta da divisão de grupos na tomada de tempos, que formam as filas do grid de largada com base nos dois blocos separados. Para piorar, a Mahindra recebeu uma penalização e Felipe foi jogado para a 20ª e última posição do grid. Ainda na corrida, foi punido com um stop and go de 10 segundos e mais cinco segundos adicionais por uma falha no limitador de velocidade na saída do box.

“O sábado foi muito ruim”, resumiu Drugovich. “Tivemos problemas no carro e o clima variava o tempo todo. Na classificação, até fui bem, mas por conta do regulamento larguei mais atrás. Depois veio a punição da equipe e mais uma minha, por conta do limitador. Foi um dia para esquecer.”

Mas o domingo foi completamente diferente. Embora o brasileiro tenha novamente largado de trás, em 17º, por conta de um problema de balanço no carro e uma perda de potência na reta que o deixou cerca de três décimos mais lento que os rivais, a corrida foi marcada por uma performance excepcional.

“Se não fosse esse problema de potência, acredito que teria brigado entre os cinco ou seis primeiros e até mesmo pelos duelos”, avaliou. “Mas depois, na corrida, foi muito bom.”

Com inteligência estratégica, Felipe soube utilizar bem os modos de ataque disponíveis e manteve um ritmo forte e consistente. Ele superou 12 adversários ao longo da prova e cruzou a linha de chegada em sétimo, garantindo seis pontos em sua estreia e encerrando uma sequência de resultados frustrantes em categorias de alto nível.

“A Fórmula E é completamente diferente de qualquer outra categoria. Não tem como chegar e fazer tudo certo logo de cara. Por isso, estou muito contente de já ter marcado pontos na minha estreia”, comemorou o piloto paranaense. “Foi uma atuação consistente e que me deu confiança. Ultrapassar 12 carros numa categoria tão técnica quanto essa mostra que temos potencial para brigar mais à frente.”

Com esse desempenho, Drugovich deixa Berlim com moral elevada e já desperta atenção no paddock da Fórmula E. Sua participação reforça o talento que o Brasil tem revelado nos últimos anos e mostra que, mesmo diante de desafios inesperados, o piloto é capaz de entregar resultados sólidos.

Ainda não há confirmação sobre uma possível continuidade do brasileiro na categoria, mas sua estreia promissora certamente o coloca como opção viável para 2026, caso surjam oportunidades em equipes competitivas. Enquanto isso, ele segue seu trabalho como piloto de desenvolvimento da Aston Martin na Fórmula 1, acumulando experiência e mostrando versatilidade em diferentes tipos de carro e ambiente competitivo.



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