Diretor-executivo da Fórmula E descarta eventos com F1: “Não é minha visão”

A Fórmula E tem ideias bastante sólidas para seu futuro. Jaime Reigle, diretor-executivo da categoria, vê o certame elétrico cada vez mais forte e estabelecido, descartando uma necessidade de juntar seu evento com a F1.

Pela primeira vez em sua história, a FE correu no circuito completo de Mônaco. Neste final de semana, a principal categoria do automobilismo mundial está em Monte Carlo para disputar a quinta etapa da temporada 2021.

No passado, Alejandro Agag, idealizador e fundador da Fórmula E, falou que um de seus desejos é que ambas categorias andassem lado a lado. Entretanto, Reigle tem uma visão diferente para o futuro e pontuando o motivo de querer se manter distinto. “Não posso falar por Alejandro, mas o que posso dizer é que a Fórmula E é muito especial”, disse em entrevista ao RaceFans.

“É elétrica, está nas cidades, tem algumas das fábricas mais conhecidas e fortes. Temos alguns pontos de diferenciação que são realmente bons, difíceis de replicar e, se somos uma categoria ou se você é uma empresa de produtos, de serviços, as empresas de maior sucesso tendem de ter pontos realmente fortes de diferenciação dos quais não vacilam”, seguiu.

António Félix da Costa
Foto: FIA Formula E

“O que tenho tentado fazer nos últimos 12 meses é realmente focar nossa mensagem em torno do compromisso com as cidades, um equilíbrio entre corrida e o motivo. É um esporte, mas há um propósito maior sobre o que tentamos alcançar, em termos de mostrar o futuro do esporte e sustentabilidade”, emendou.

“Somos uma plataforma para nossas equipes e fábricas para mostrar a melhor tecnologia e essa interação com o esforço humano. É realmente importante que consigamos fazer isso. Se fizermos isso e nos mantivermos focados nos pontos de diferenciação, acredito que teremos sucesso”, completou o dirigente.

Entretanto, Reigle admitiu que há possibilidades da Fórmula E correr nos mesmos locais da F1, como aconteceu em Mônaco e no México. “Quando se olha se devemos correr em paralelo ou junto com a F1: há um argumento eficiente sobre isso, certo? Há uma pista já construída, por exemplo, então, há o ponto da eficiência de custo”, pontuou.

“Há o alinhamento com algumas das montadoras tendo alguma exposição a um público mais amplo. Mas, em minha visão, a FE é especial por conta dos pontos de distinção. E se continuarmos assim, estaremos em uma ótima forma. Não vejo como parte da estratégia [correr com a F1]”, destacou.

“Minha visão sempre foi: se pode desenvolver a FE de uma maneira que é realmente uma corrida competitiva, um espetáculo esportivo, há espaço tanto para ela quanto F1. Haverá fãs que gostam das duas, alguns que vão preferir uma a outra. E está tudo bem”, falou.

Por fim, Reigle afirmou que o objetivo da Fórmula E é “crescer nossa base de fãs e caso um fã de F1 venha porque ama automobilismo e produtos distintos, acredito ser uma boa coisa. Não acho que precisamos estar em uma pista da Fórmula 1 para fazer isso”.



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