Lucas di Grassi vê com bons olhos os planos da Fórmula E em criar uma categoria júnior. O brasileiro destacou que pode ser uma boa alternativa para jovens pilotos, mas deve ser pensada no talento e não nos gastos.
Na última semana, a categoria exclusivamente elétrica anunciou o desejo de criar um certame de acesso. Entretanto, Alberto Longo, co-fundador e chefe do campeonato, revelou que os planos ainda não saíram do papel por conta da pandemia do coronavírus, mas que está trabalhando para tornar isso realidade.
Ao comentar sobre a atitude, o piloto da Audi e campeão da temporada 4 elogiou a iniciativa, mas mostrou ter preocupações em relação a gastos. “As categorias júnior, hoje, no automobilismo, são extremamente caras. A Fórmula 3 custa 1 milhão de euros por ano e a Fórmula 2 custa 2 milhões de euros por ano”, respondeu ao F1Mania.net em coletiva de imprensa.

“Se multiplicar isso por 6, pro real, dá 6 milhões de reais na F3 e 12 milhões de reais na F2 por ano, sem nenhuma garantia, mesmo se você ganhar, você vai ter acesso à F1 ou a ter um futuro garantido como piloto contratado. Então, acho que é muito caro, está muito caro ser piloto hoje, e o potencial de receita sobre esse investimento de ser piloto está muito desconectado com o mundo real”, seguiu.
“Se a Fórmula E fizer uma categoria de base, é preciso ser feita focada no talento do piloto, em desenvolver o piloto, de uma forma que o custo seja o mais baixo possível e daí sim, pode funcionar como preparação, como escada para a FE de uma maneira que tenha um custo-benefício melhor que F3, F2, depois ter de voltar para a FE para aprender tudo de novo a parte de energia, das pistas, etc”, pontuou.
“Pode ser uma alternativa melhor para quem quer ser piloto da Fórmula E no futuro, e ser piloto profissional”, concluiu o brasileiro.
