Ao contrário da maioria de suas adversárias, a Techeetah não está desde o início da Fórmula E. A entrada da equipe chinesa aconteceu no terceiro ano, quando assumiu o lugar da Super Aguri.
Em seu primeiro campeonato, a equipe já contava com o francês Jean-Eric Vergne, que no último eprix daquele campeonato subiu no lugar mais alto do pódio, dando o primeiro gostinho do futuro que estava reservado para o time chinês.

Para a quarta temporada, a Techeetah ganhou um novo reforço: o campeão do WEC (Mundial de Endurance) André Lotterer chegou para ser companheiro de equipe de Jean-Eric Vergne, e a dupla logo se tornou uma das mais fortes do grid.
O sucesso da dupla se converteu nas pistas, com a primeira dobradinha da história da Fórmula E em Santiago, e obviamente com o título de Vergne, que contou com uma enorme ajuda de Lotterer.
O que parecia ser bom, ficou ainda melhor na quinta temporada, com a chegada da DS Automobiles como parceira técnica e a manutenção da dupla do ano anterior. Vergne se tornou o primeiro bicampeão da história da Fórmula E, enquanto a Techeetah conquistou pela primeira vez o campeonato de equipes.

Para a sexta temporada, um movimento ousado em resposta a saída de Lotterer, que trocou a Techeetah pela novata Porsche: a chegada do português Antonio Félix da Costa. O experiente piloto chegou com a vontade de vencer, mas sabia que a tarefa não seria das mais fáceis, pois tinha como companheiro o bicampeão da categoria de carros elétricos.
Ainda assim, Da Costa não decepcionou: com uma boa sequência de pódios nas etapas iniciais e uma vitória dominante em Marrakesh, assumiu a liderança, e quando a bolha no Aeroporto de Tempelhof em Berlim foi montada para a decisão do campeonato com seis provas em nove dias, o português simplesmente acabou com todas as duvidas que existiam sobre seu potencial, conquistando o título de forma antecipada. E ainda teve a Techeetah garantindo o bi entre as equipes.

Diante de tudo que foi apresentado acima, é simples afirmar que a DS Techeetah é o time a ser batido. O domínio em Berlim foi gritante, a dupla de pilotos formada por Da Costa e Vergne é simplesmente espetacular. E mesmo começando o campeonato com o carro do ano passado, não há duvidas que se não for em Diriyah, em algum momento a equipe chinesa estará no lugar mais alto do pódio.
É difícil apontar qual dos dois pilotos vai ser o “cara” deste ano. O campeão Da Costa chega com moral após o título antecipado. Ele tem um bom retrospecto em Diriyah, onde venceu na abertura da quinta temporada quando era piloto da BMW Andretti, por isso, é esperado que tenha um bom desempenho na rodada dupla deste fim de semana.
Quanto a JEV, o francês conseguiu terminar o Festival de Berlim em uma situação melhor do que quando começou a temporada passada, quando em alguns momentos chegou a demonstrar um certo descontrole diante do sucesso do companheiro de equipe, além de ter tido alguns problemas. Mas, no fim ficou claro que o talento do único bicampeão da Fórmula E é inquestionável e ele aparentemente, recuperou a boa fase.
A Techeetah é a grande favorita, não tem como pensar diferente. A tendência é que encontre adversários mais fortes este ano, mas não seria surpresa nenhuma se a briga pelo título do campeonato no final das contas, fique em uma luta interna entre Da Costa e JEV.

Nome da equipe: DS Techeetah
Retrospecto da DS Techeetah: 48 ePrix, 2 título de construtores, 12 vitórias e 31 pódios
Dupla de Pilotos: Jean-Eric Vergne (FRA) e Antonio Félix da Costa (POR)
Retrospecto de Jean-Eric Vergne: 67 ePrix, 2 títulos, 9 vitórias e 23 pódios
Retrospecto de Antonio Félix da Costa: 65 ePrix, 5 vitórias e 11 pódios
