Oi pessoal,
Desta vez estou escrevendo a coluna do aeroporto de Manaus. Eu vim para cá ontem (terça) visitar uma fábrica da Honda e hoje vou para o Rio de Janeiro.
Depois da corrida na Holanda foram duas horas e meia de carro até Amsterdã, 14 horas de vôo até o Brasil e quando cheguei na segunda de madrugada em São Paulo, fui fazer exames, passei no médico, fui ao escritório, atendi a imprensa e finalmente consegui ir para casa descansar e tratar das minhas dores para poder correr no Rio da melhor forma possível. Mas a coisa não pára por aí. Na terça de manhã mais 4 horas de vôo até Manaus (com um atraso de 2 horas) já se foram 6 horas do meu dia. Chegamos e tive visitas e reuniões. Hoje pela manhã mais reuniões e depois correr para pegar o vôo de volta ao Rio às 13:00h e chegar ao Rio na hora do jornal nacional. Enquanto isso estou andando para cima e para baixo com uma bolsa de gelo no ombro e na mão para estar o melhor possível na sexta.
Confesso que já estou melhor, mais ainda sinto um pouco de dores na mão e no ombro porque a pancada foi muito forte, cheguei até a ficar sem ar por alguns momentos. Mas isso tudo é só um detalhe. Estou pensando positivo e acredito que estarei bem para correr o GP. Já corri em condições bem piores e não é isso que vai me impedir de correr perante meu público aqui no Brasil.
Aliás, quero agradecer, de coração, todo o apoio que tenho recebido, os emails e as orações que vocês tem feito por mim.
Na segunda eu disse em entrevista para a Globo que o Brasil é um país abençoado por ter tantos ótimos atletas apesar das condições tão adversas que encontramos para treinar e tornarmos competitivos e volto a repetir, o Brasil é abençoado sim e valoriza muito seu esportista. Eu sei disso e queria muito poder retribuir toda essa alegria que o povo brasileiro me dá. Amo o Brasil e sei das minhas obrigações e o que é esperado de mim. A única coisa que falta neste momento é um pouco de sorte e ela está por sorrir para nós, tenho certeza.
Um abraço a todos e nos vemos no Rio!
Alex Barros