Coluna do Joly: A velha história da estrela

Por Luís Joly

A temporada da F-1 vai chegando ao fim e reservando surpresas interessantes. O Grande Prêmio da Coreia foi um teste oriental de paciência para os que realmente gostam de ver corridas. Em meio a uma demora que irritava até o narrador na cobertura pela televisão, o resultado mudou bastante o cenário para as duas últimas corridas.

Fernando Alonso pode não merecer o título, como dizem alguns, mas volta a história da estrela. E como ela importante para conseguir sucesso em um espaço tão acirrado como a F-1. Nos 60 anos da categoria, muitos nomes excelentes passaram pelas pistas. Mas, sem estrela, jamais passaram de bons coadjuvantes. Já falei sobre esse mesmo tema há mais ou menos dois anos, quando a vítima era Rubens Barrichello. O brasileiro é admirado pelos concorrentes e times por onde passou. Prova disso é sua permanência por quase 20 anos no circo. Porém, jamais teve estrela de campeão.

Alonso tem. Seus dois títulos já mostraram isso. E o rumo que o campeonato deste ano vem tomando mostra de novo. Somado a um talento inegável, Alonso conta com uma sorte que lhe ajuda em momentos cruciais. Na Coreia, de um modesto terceiro lugar, o máximo que conseguiria fazer com a Ferrari, saiu vencedor. E ainda contou com o erro de Lewis Hamilton para levar o caneco da primeira posição.

Talvez Alonso leve o título. A Red Bull é, de fato, uma equipe muito superior à Ferrari. Mas apenas o que vem fazendo nesse final de ano mostra para os dirigentes do time italiano que sua contratação valeu cada centavo. Alonso rapidamente deixou Massa, o queridinho do time, pra trás, e hoje é inegavelmente o primeiro piloto do time.

Mark Webber cometeu poucos erros na temporada. Foi muito mais maduro que seu companheiro, Sebsastian Vettel, mas em um dos momentos-chave, escorregou. Ainda acredito que a Red Bull pode virar o jogo, mas ficou claro que a briga do time inglês não será apenas com Alonso, mas com a estrela que o asturiano carrega.

RETA OPOSTA

Schumacher, quase

Essa foi a maior chance do ano – e, possivelmente, a última – do alemão chegar ao pódio e deixar seus fãs extasiados com sua presença de novo entre os três primeiros. Eu confesso que torci para Massa abandonar no fim e ver Schumacher em terceiro.

(nada) Sutil

O piloto da Force India lembrou a mim mesmo tentando correr no modo mais difícil do jogo F-1 2010, que comprei recentemente. Saiu da pista diversas vezes, bateu nos companheiros, foi batido e abandonou em um acidente. Vai largar cinco posições atrás no Brasil como punição.

Interlagos, de novo

O traçado coreano até que chamou a atenção e está bem acima da média em comparação aos demais recém-criados. Interlagos vem aí e, como sempre, uma grande corrida deve acontecer.



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.