Coluna do Joly: Análise do jogo F1 2010

Por Luís Joly

A coluna de hoje é dedicada para os gamers. Decidi fazer isso primeiro por ter chegado em casa, há dois dias, o jogo F1 2010, para Xbox 360, que mencionei aqui há alguns meses. Segundo, pelo fato da corrida em Cingapura ter sido absolutamente enfadonha e sem graça – com exceção de raros momentos.

Pois bem, este jogo foi uma das razões que me fizeram desembolsar um dinheiro e comprar um videogame moderno – meu último havia sido o Super Nintendo, no distante ano de 1992. O lançamento do game nos EUA foi 24 de setembro, e por sorte, uma pessoa próxima estava lá para que eu fizesse essa encomenda.

À primeira vista, a surpresa é grande. F1 2010 capricha nos detalhes visuais – e, se você tem uma TV full HD daquelas grandes, melhor ainda (esses videogames de hoje praticamente pedem uma boa televisão). E capricha também nos bastidores. A primeira ação do jogo é ser alvo de dezenas de jornalistas em uma coletiva de imprensa. Ali, você responde seu primeiro e último nome, sua nacionalidade e por qual equipe irá correr na temporada – não espere encontrar Ferrari ou McLaren na lista. São apenas as equipes do fim do grid que estão dispostas a assinar um contrato com você.

Com base nos dados acima, o jogo cria seu perfil – incluindo até seu desenho de capacete e apelido. Novamente, destaque para os detalhes. O cenário do menu é o motorhome de sua equipe – no meu caso, escolhi a Lotus. Ali, você pode falar com sua agente, rever seu contrato e metas com a equipe, rever suas estatísticas, ou simplesmente dar uma olhada na decoração caprichada. Do lado de fora, a imprensa fica de olho para registrar qualquer declaração.

A imprensa, aliás, tem um papel fundamental no andamento da carreira do piloto. Uma declaração infeliz, por exemplo, pode culminar em quebras de contrato ou problemas de relacionamento com o time. Por outro lado, uma postura apreciada pode chamar a atenção de assessores dos times maiores.

A essa altura, você deve estar se perguntando “tá, mas e a corrida?”. Pois é, com tantos pormenores (que existem na F-1 real), a corrida quase fica em segundo plano. Mas isso é só até você encontrar o (complicado) caminho para, enfim, correr. O som, os gráficos, a torcida, a chuva, tudo feito com um realismo jamais visto em jogos similares. A jogabilidade pode variar conforme os “pilotos”. No meu caso, que sou da escola do World Circuit (Gp1, GP2, Gp3, Gp4), o sofrimento é maior, pois não há uma correção de traçado – o volante basicamente gira livremente e é muito fácil sair da tomada ideal. Formandos em jogos anteriores, como o F1 2009 ou os antigos F1 Simulation, devem se adaptar mais facilmente. De qualquer forma, essa minha impressão ainda é bastante prematura, pois estou aprendendo bastante em cada sessão de jogo.

Até agora, o único ponto negativo é justamente a complicação do menu. Falta uma opção “quick race”, para quem busca apenas jogar videogame sem passar por toda uma rotina de piloto. Mas, uma vez assimilado, é fácil de se conviver.

Na minha primeira corrida de teste, escolhi Interlagos, na chuva. Tive enormes dificuldades, mas completei a corrida de três voltas entre os últimos. O controle de tração é essencial para não sair desgarrado pelo circuito. O limitador de velocidade nos pits também era automático. A visibilidade, na reta, é privilégio apenas para o líder. Aliás, o vencedor nessa simulação foi Felipe Massa. Bom, pelo menos nesse ponto, o simulador deu uma bola fora.

SERVIÇO

F1 2010

(Para Xbox 360, Playstation 3 e PC)

Nos EUA, custa US$ 59,90. Aqui, não vi ainda, mais não sai por menos de 100 reais



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