Por Ylan Marcel
A coluna de hoje é sobre Jochen Rindt. O piloto austríaco, campeão mundial da Fórmula 1 em 1970, marcou seu nome na história da categoria por um desastre. E pelas conseqüências do mesmo.
Nascido na cidade de Mainz, na Alemanha, no ano de 1942, teve seus pais mortos em bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial. Desde então, se mudou para Graz, na Áustria, onde passou a morar com seus avós. Cresceu por lá, ganhou dupla cidadania e começou a pilotar.
Apesar do grande sucesso na Fórmula 2 (vencendo em 1964, por exemplo, o London Trophy), Rindt teve um início complicado na Fórmula 1. No mesmo ano de 64, estreou pela equipe Rob Walker Racing Team, no GP da Áustria, obtendo a 13ª colocação no grid, mas deixando de completar a prova. Foi sua única corrida naquela temporada.
De 1965 a 1967, Rindt correu pela Cooper Car Company, conquistando 32 pontos em 29 corridas. Em 1968, pilotou pela Brabham, mas sua temporada não teve resultados expressivos, devido a problemas técnicos com o carro do time britânico.
O empresário de Rindt no início de carreira era o, atualmente, todo poderoso Sr. Bernie Ecclestone. Isso explica a sua passagem pela Brabham. Porém, em 1969, Colin Chapman, dono da Lotus, o contrata. Pela primeira vez na carreira o austríaco teria um carro competitivo em mãos.
Obteve sua primeira vitória no GP dos EUA, em Watkins Glen, e terminou o ano numa regular quarta posição, com 22 pontos, igualando a pontuação de sua melhor temporada até então, quando foi o terceiro colocado, três anos antes.
Em 1970, o campeonato começou com alguns problemas, tendo abandonado nas duas primeiras corridas. A virada viria na etapa seguinte, em Mônaco. Vitória de Rindt, após o veterano Jack Brabham ter problemas em seu carro e abandonar o GP na liderança.
Depois de mais uma desistência, na Bélgica, o jovem piloto, então com 28 anos, conquista uma série de quatro vitórias consecutivas (Holanda, França, Inglaterra e Alemanha), o que lhe deixa com a mão no título.
Durante os treinos para o Grande Prêmio da Itália, no circuito de Monza, Rindt sofreu forte acidente na curva Parabólica, devido a um problema nos freios. Ele foi imediatamente levado em direção ao hospital, mas faleceu no caminho.
A partir daí, o belga Jacky Ickx, vice-líder do certame, tinha que vencer as três corridas finais para ficar com o título. Porém, logo na etapa seguinte, coincidentemente o GP dos EUA, em Watkins Glen, vencido por Rindt no ano anterior, o brasileiro Emerson Fittipaldi, o outro piloto da escuderia inglesa, venceu e encerrou a disputa.
Jochen foi declarado campeão póstumo. O primeiro e único, até os dias de hoje, a conseguir tal proeza na Fórmula 1. Com participação brasileira, é bom que se diga.
Carreira de Jochen Rindt em números:
• 61 Grandes Prêmios
• 6 vitórias (Estados Unidos/1969, Mônaco/1970, Holanda/1970, França/1970, Inglaterra/1970 e Alemanha /1970)
• 13 pódios
• 21 corridas em que pontuou
• 10 pole positions
• 3 voltas mais rápidas
• 107 pontos marcados
Um grande abraço a todos e até semana que vem.
Ylan Marcel
www.motorizado.wordpress.com