Coluna Vôo Sobre Rodas: De olho na Bia

Por Gustavo Ellero

A nossa garota prodígio Bia Figueiredo mais uma vez nos enche do orgulho, no último sábado (20) ela venceu a etapa de Iowa da Indy Lights. A paulista soube esperar e aproveitou a hora certa para conseguir o primeiro lugar, em segundo ficou Wade Cunningham seguido do canadense James Hincliffe.

Bia começou a despertar o interesse das pessoas em meados de 2003 quando disputava a F-Renault Brasil e recebeu o premio de melhor estreante do ano, no ano seguinte foi vice na F-3 Sul – Americana, já em 2005 foi a primeira mulher a ganhar uma corrida na F-Renault, isso em âmbito mundial, e em 2006 foi a primeira mulher a conseguir uma pole-position na F-3 no mundo.

Em 2008 passou despercebida pela Europa correndo na A1GP, teve problemas com patrocínio, mas uma profissional com a competência dela não poderia ser ofuscada tão facilmente. O ano de 2009 está servindo para sacramentar sua qualidade mundialmente, já venceu duas vezes na Indy Lights, segue em oitavo no campeonato.

É engraçado como nós brasileiros não damos valor para aqueles que estão despontando, isso não só no esporte, já falei sobre isso aqui na minha coluna, mas direcionei aos colegas da imprensa, só que cheguei a conclusão que isso é cultural, é fato, o povo só da valor para quem está em evidência e esse é um pensamento extremamente chulo, pobre e triste, mas enfim vamos ao que interessa.

Em 2006 eu estava andando pelo Salão do Automóvel de São Paulo quando reparei em uma menina de macacão perto de um carro, logo vi que era um rosto conhecido, então descartei a hipótese de ser só mais uma modelo. Chegando mais próximo a reconheci, era a Bia Figueiredo, mas o que me deixou mais abismado foi que ela estava parada e em nenhum momento (pelo menos no período em que estive lá) as pessoas tinham noção de quem era, simplesmente, passou despercebida.

Bom, termino dizendo que ainda vamos comemorar muitas vitórias da paulista Bia Figueiredo e espero que possamos dar mais valor aos nossos pilotos, pois só quem vive o automobilismo sabe como é difícil se manter nas pistas, não basta ter braço tem que ter dinheiro.



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