Coluna do Rafael D’Auria: Marketing Puro

Nesta semana, vimos em todos os jornais do mundo a incrível disputa entre “brilhante” Michael Schumacher contra um caça da Força Aérea Italiana. Todos elogiam o alemão, que venceu apenas um dos três desafios: O de 600 metros. Perdeu o de 900 e 1200 metros. Tudo isso é magnífico para quem não acompanha a categoria de perto, para quem tem apenas o parâmetro leigo sobre Schumacher e a Ferrari, etc. Agora, vamos à verdade.

Todos os verdadeiros fãs da F1, aqueles que lêem, discutem e, por que não, escrevem sobre o assunto, sabem que o buraco é mais embaixo. O que houve realmente é um grande espetáculo de marketing, comparações estúpidas e elogios sem lógica alguma. É claro que o evento trás credibilidade à Ferrari, coloca em evidência a equipe que está em baixa, principalmente no momento em que não se vê nada importante no automobilismo, além de testes de pré-temporada e anúncios de contratação sem importância na briga pelo titulo. Mas vale à pena destacar.

• O evento não mostra em nada o poder da Ferrari.

• Michael Schumacher não tem qualquer participação nos resultados obtidos, já que a única coisa que fez foi acelerar o carro, visto que não há qualquer teste de pilotagem, e até as marchas são automáticas. Qualquer outro piloto atingiria o mesmo resultado, portanto, os elogios exagerados ao alemão após do teste não são válidos.

• É uma comparação estúpida, em termos de velocidade final ou qualquer outro dado técnico. A única coisa que se pode avaliar é o poder de aceleração dos carros de F1, saindo de um repouso. Por isso mesmo, a Ferrari venceu apenas a mais curta das provas.

E a Ferrari que abra seu olho. Enquanto brinca com caças, McLaren e Williams fazem exaustivos testes, batem recordes, e desenvolvem os compostos franceses para 2004. É hora de desenvolver o F2004, e colocá-lo na pista o mais cedo possível ,para estreá-lo já em Melbourne. As rivais devem vir forte na próxima temporada, e, com o F2002, a Ferrari perdeu as três primeiras provas de 2003. Vale a preocupação.

Confesso que sequer vi a imagens do evento. Mas, de qualquer forma, isso é marketing. Marketing tráz credibilidade. Credibilidade tráz dólares. E todos sabemos que nenhuma equipe sobrevive na F1 sem os US$ da publicidade.

É com este dinheiro que a Ferrari mantém os pilotos mais completos, atualmente, em seu plantel, assim como desenvolve seu próprio motor, é a equipe que tem o maior complexo técnológico(Maranello), possui duas pistas de testes(Mugello e Fiorando), e banca uma marca de pneu(Bridgestone).

Ponto para a Ferrari.



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