Por Samantha Alievi
O GP da Espanha que seria um divisor de águas para várias equipes acabou repetindo a mesma história das outras corridas do campeonato. Liderança da Brawn, McLaren e Ferrari duelando para ficar na pista e Red Bull tentando chegar ao pódio.
O campeonato que tinha tudo para ser um dos mais emocionantes tem apenas uma equipe com reais chances de vitórias, as outras apenas tentam buscar brechas para chegar ao pódio. A Williams e Toyota que eu acreditei serem capazes de batalhar pelo primeiro posto se perderam no meio do caminho e viraram coadjuvantes na disputa.
Confesso que estou achando essa temporada muito esquisita. A história de redenção da Brawn GP é ótima; uma equipe quase em extinção que de repente se torna a mais forte e mais preparada do campeonato – típico de cinema americano –; mas ver McLaren, Ferrari e Renault se arrastando na pista trouxe certo anticlímax. Adicionam-se a isso os incontáveis boatos de ruptura entre FOTA e FIA.
Quantas decisões extra pista que diziam emparelhar a disputa não ocorreram. Começou com o KERS, passou pelos difusores e tudo acabou na mesma. O KERS se revelou uma grande perda de dinheiro, o difusor realmente ajuda o carro, mas a aerodinâmica e a astúcia dos engenheiros de pista tem um papel muito mais decisivo no resultado final dos Grande Prêmios.
Vendo que Jenson Button poderia ficar em desvantagem caso fizesse três paradas, a Brawn logo reagiu e conseguiu por o inglês no primeiro lugar. Uma tática arriscada, mas muito bem pensada. Parece que tudo na equipe inglesa dá certo. Ok, o Rubinho não deve concordar comigo, mas ele estava lá no pódio. Como segundo mas estava.
Me parece que bem antes da última corrida do campeonato teremos o campeão da temporada, porque já não acredito mais nas ladainhas de pilotos e chefes de equipes que prometem melhorias em seus carros. Vamos nos contentar com duelos nos batalhões intermediários e só. Porque lá na frente o espetáculo é de uma equipe só.