Por Sérgio Tarcitano
Depois do passeio nos treinos e no GP da Austrália no último final de semana, a Brawn GP, e seu difusor “milagroso”, tornaram-se alvo de todos. Alguns por reconhecerem sua superioridade e quererem imitar suas soluções aerodinâmicas, outros simplesmente querem detoná-la por não acreditar que uma equipe nova, quase sem orçamento para a temporada possa superar a todos. O que está ficando claro é que o carro é bom mesmo, e nada tem de anormal. Afinal, a Honda trabalhou neste projeto quase o ano de 2008 todo, e Ross Brawn só botou a cara nisso por saber do potencial do carro.
A história tem alguns casos de carros bem nascidos que começam o ano liquidando seus adversários, porém, o que acontece no decorrer da temporada é o desenvolvimento das demais equipes, principalmente as com mais recursos financeiros, e acaba acontecendo um equilíbrio, quando não ocorre a inversão do domínio.
No GP da Malásia já veremos que as equipes não estarão tão distantes da Brawn como na Austrália, onde Button ditou o ritmo e só andou o necessário para vencer. Sim, se Kubica chegasse mais perto Button tinha reservas (e muitas) para se manter a frente.
O que para mim é certo é que nenhum difusor, ou apêndice aerodinâmico, pode dar tanta vantagem assim para carro nenhum. O segredo do desempenho da Brawn está muito além disso.
GP de Abu Dhabi