Por Sérgio Tarcitano
Parece que o bom senso voltou a reinar na Fórmula Um. A FIA voltou atrás e admitiu que a implementação das mudanças pode ser transferidas para 2010, caso as equipes não concordem com o novo sistema. Ainda não é oficial, mas é uma questão de tempo.
Qualquer mudança, por menor que seja, sempre causa um pouco de desconforto mesmo que seja para melhorar. É assim com qualquer coisa. Porém, a mudança anunciada pela FIA onde o campeão da temporada seria o piloto que obtivesse o maior número de vitórias não foi feliz. Mais pelo fato de ter sido implementada muito tarde, praticamente na véspera da primeira etapa, do que pelos possíveis resultados improváveis.
Desde 1950, quando começou o Campeonato Mundial de F1, o vencedor do maior número de provas quase sempre foi o campeão. E quando isso não aconteceu, o maior vencedor disputou o título até o final e mereceria também ser campeão. O maior exemplo disso foi o ano passado quando Massa, o vice, teve mais vitórias que o campeão, Hamilton. Se o brasileiro fosse o campeão, também seria merecido.
A intenção da FIA com as mudanças é aumentar a disputa pela vitória, e isso realmente iria acontecer. Mas aconteceria também o desinteresse pelas posições intermediárias. O piloto que estivesse na disputa direta pelo título talvez não permanecesse até o final de uma prova onde não estivesse bem colocado, até para economizar o motor para a prova seguinte. Como dizem os “sábios” populares… É uma faca de dois “legumes”.
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