Por Sérgio Tarcitano
O anúncio pegou todos de surpresa, inclusive o piloto Jenson Button, o que mostra que foi tudo resolvido meio rápido.
A crise econômica foi o motivo anunciado pela Honda, segunda maior montadora do Japão, para abandonar a Fórmula 1.
Todos têm versões para o anúncio. Crise, resultados, investimentos altos e etc. O preocupante é que todos sabem o tanto que os japoneses são profissionais e dedicados em tudo o que fazem. E se uma empresa, do porte da Honda, decide entrar na categoria e investir US$ 398 milhões em uma só temporada (2008) não é só para ter retorno de imagem. Uma empresa competitiva como a Honda quer retorno financeiro, quer que o investimento na Fórmula 1 retorne em vendas de seus veículos de rua, e, ao que parece, não é isso que acontece. E se não acontece para a Honda, também não acontece para a Renault, BMW, Mercedes e Toyota, por isso a preocupação de FIA, FOCA, FOTA e o escambau. Tá todo mundo morrendo de medo. Se a moda pega…
É urgente a necessidade de reduzir os custos. O problema é: como? Em qualquer categoria quem investe mais tem mais chances. Sempre foi assim, desde o Kart. Ninguém faz milagre sem um bom equipamento.
Não sou a favor de uma padronização de motores. É verdade que motores iguais equilibram a categoria, e que nos anos 70 pouquíssimas equipes produziam seu próprio motor, todos usavam o Ford Cosworth. Mas foi uma outra época onde, como diz Frank Williams, o último remanescente daquele tempo, a F1 ainda era um esporte, e não apenas um negócio.