Por Carlos Garcia
– Domingo termina o mundial 2008 de Fórmula-1. Felipe Massa, com o apoio de sua torcida, briga para tirar o Brasil da fila e conquistar um título mundial para o país depois de 17 anos. O grande problema é que seu rival, Lewis Hamilton, está 7 pontos à sua frente.
– Isso mesmo lembra as riquíssimas histórias do futebol. É como um clássico, final de campeonato, jogos de 180 minutos com igualdade de forças entre os dois times. Imagine um dos dois vencendo o primeiro jogo por, sei lá, 4×0.
– Geralmente o que acontece é que o time que abriu a vantagem no primeiro jogo entra em campo um pouco mais relaxado, já o que perdeu entra com tudo, precisando golear, tentando resolver tudo no início. O normal é que quem está em desvantagem abrir 1, 2, quem sabe até 3×0 até que o rival desperta para a partida, os jogadores ficam cansados, parece que vai dar, mas… o jogo acaba. A história mostra inúmeros casos assim, com poucas exceções confirmando a regra.
– Em casos assim o dia seguinte é divertido. Uma das torcidas comemora o título, a outra se orgulha de seu time por ter feito uma partida tão brilhante, por ter estado tão perto do objetivo final. Todo mundo fica em paz, afinal, quase deu.
– É mais ou menos o que visualizo para o próximo domingo. Felipe Massa deve reinar tranqüilo em Interlagos. Hamilton deve entrar em pista um pouco mais relaxado, sabendo que toda a vantagem está do seu lado. Massa deve vencer. Hamilton será atacado por outros pilotos que nada tem a ver com a história e não irá querer assumir riscos, ou seja, pode perder posições.
– Em determinado todos terão a sensação que o título pode chegar, em especial em paradas de Box já que o sorteio de posições pode colocar Massa em tais condições momentaneamente. Mas é importante que tenhamos a total noção da dificuldade da missão de Felipe e no final não nos surpreendamos com o “quase deu, mas não deu”.
– Fazendo ou não um retrospecto do campeonato, é bom que se valorize mesmo a vitória de Massa caso ela chegue. Como disse aqui mesmo semana passada, Felipe não pode ser esquecido e não pode sofrer com a costumeira pressão na próxima temporada pois foi sim brilhante.
– Dessa forma ele está mais do que certo em afirmar que busca apenas a vitória no próximo domingo, o título é conseqüência. Na Fórmula-1, diferentemente do futebol, não tem como fazer com que o adversário sucumba à sua performance.
– Desta forma, divirta-se com a corrida de domingo, caso você seja torcedor de Felipe pratique esta torcida e lembre-se: Ele não pode fazer nada contra Hamilton.
E mais…
– Chegando o final de ano e o balanço da temporada já começa a ser aprontado, por enquanto o máximo que se pode dizer é que foi o máximo. Muito bom o ano que mostrou 7 (por enquanto) vencedores diferentes, emoções dentro e fora das pistas e uma boa pitada de novidades;
– Mas precisamos também ficar atentos às mudanças que vem por aí, a crise mundial deve mexer forte com a categoria;
– Palpite do colunista: Afirmei no blog também, na próxima segunda deve ser anunciado o acordo entre Petrobras e Honda e também o anúncio da dupla do time, aqui mesmo em São Paulo. E tem cheiro de brasileiro no ar;
– Fortes os questionamentos sobre a lisura da Ferrari na disputa de domingo. Felipe faz questão de afirmar que não haverá jogo sujo, embora espere forte ajuda de Raikkonen. De onde vem tanta suspeita?
– Essa é a semana onde se cobram palpites, certo? Gostaria de ficar em cima do muro, mas acho que, sei lá, tenho medo, mas fico com título de Massa.