Por Sandro Mendes
Teoricamente, podemos afirmar que a falta de álcool no Brasil, ocorrida no passado, não voltará a acontecer. Mas só teoricamente. Afinal, estamos no Brasil.
A exemplo do biodiesel, o álcool está em alta por ser um combustível ecologicamente correto, uma alternativa no combate à poluição, além de ser mais barato e funcionar bem após o advento da injeção eletrônica.
É nesse cenário favorável que os carros flex surgiram e se transformaram em um sucesso de vendas. A opção de utilizar ao mesmo tempo álcool e gasolina ou apenas um dos produtos tornou-se de fato um grande atrativo.
Mas o nosso país é uma caixinha de surpresas, geralmente desagradáveis. Já começaram a falar de inflação mais uma vez e o navio deu uma balançada. Salve-se quem puder. Mulheres, crianças e jornalistas primeiro.
No mar das incertezas, o mercado desaqueceu. E em meio às mentiras cabeludas e aos gastos sempre desmedidos dos nossos (des)governantes, fica-se mais uma vez na expectativa do pior.
Mesmo assim, vamos levando. Mesmo aos trancos e barrancos, vamos seguindo. Mais do que os carros, nós é que temos que ser flex. Bota flex nisso. No Brasil, tudo é tão incerto que até o João de Barro deixou de fazer sua casinha e foi morar com os parentes.
Um abraço do Piloto X. Paz.