Por Ayrton Piquetoso
O caso ET de Varginha, ocorrido em 1996, deixou meio mundo em polvorosa, principalmente o Sul de Minas, onde o “bicho” teria aparecido.
Alfredo Pereira, um fazendeiro amigo meu, que mora na zona rural varginhense, ficou terrivelmente amedrontado com a história.
Com 60 anos bem vividos, ele já tinha medo de assombração, saci, mula sem cabeça e passou a incluir mais um inimigo na lista: o ET de Varginha.
Para complicar a situação, na noite seguinte ao suposto aparecimento do ET, instalaram um enorme canhão de luz em uma boate da cidade. Foi uma jogada de marketing inteligente. Só que assustou muita gente, inclusive o Alfredo.
Outro dia, numa mesa de bar, ele relembrou o ocorrido e nos contou o maior susto que já sofreu na vida:
“Faz tempo, mas me lembro como se fosse hoje. O canhão de luz varria o céu, sendo avistado por dezenas e dezenas de quilômetros. A noite estava escura e caía uma chuvinha fina. Enquanto ouvia no rádio comentários sobre a aparição do ET no dia anterior, eu me dirigia para a fazenda no Palio da minha mulher, um carro que, apesar de velhinho, tinha opcionais como direção hidráulica, vidro elétrico e limpador de vidro traseiro.
Avistei de novo o canhão de luz. Como eu nunca tinha visto aquele troço em toda a minha vida, tive certeza de que aquilo era coisa do ET.
Nervoso, pisei fundo no acelerador. De repente, escutei uma voz trêmula, áspera e gutural que vinha por detrás da minha cabeça, a me chamar:
– Alfrrrreeeedo! Alfrrrreeeedo! Alfrrrreeeedo!
Fui me encolhendo no banco, sem saber se acelerava, se rezava, se sujava as calças ou se pulava do carro. E a voz se repetia:
– Alfrrrreeeedo! Alfrrrreeeedo! Alfrrrreeeedo!
Meu coração praticamente saiu pela boca. Foi o pior momento da minha vida. A tortura durou longos minutos. Porém, apesar de continuar a me chamar incessantemente, o desgraçado do ET não tomava nenhuma atitude.
No pavor, nem percebi que já estava chegando em casa e quase entrei com o carro varanda a dentro. Nem desliguei o motor, corri para dentro e peguei a espingarda. Minha mulher me disse:
– Se é para morrer, vamos morrer os dois juntos!!!
E fomos pé ante pé até o Palio. Praticamente viramos o carro do avesso, sem encontrar o ET. Depois de um tempo, percebemos que a borracha ressecada do limpador traseiro do carro, ao passar pelo vidro já seco, parecia dizer “Alfrrrreeeedo”.
– Quer dizer que você correu de um limpador de pára-brisa??? – perguntou um sujeito da mesa ao lado.
– Meu amigo, é muito melhor fugir de 200 limpadores de pára-brisa do que de meio ET. Pelo menos o limpador late, mas não morde – respondeu o Alfredo, com toda a sinceridade do mundo.
AUTO FRASE: “Brasileiro pilota tão bem que até o saci, que só tem uma perna, e o curupira, que tem os pés para trás, já estão tirando seus rachinhas” (Ayrton Piquetoso).
QUIZTRANHO
1) Frase de Felipe Massa após conseguir pole na Turquia:
a) Tem que ser macho b) Tem que ser baixo c) Tem que ter cara de tacho d) Tem que ser macho macho man
2) Fato ocorrido recentemente na França com o bicampeão Mika Hakkinen:
a) Sua casa pegou fogo com duas mulheres b) Ele pegou fogo com duas mulheres c) Duas mulheres colocaram fogo nele d) Bombeiros o salvaram do fogo de duas mulheres
3) Tempos atrás, o locutor Galvão Bueno fez na TV:
a) A dança do xixi b) A dança do siri c) Comilança de caqui d) Festança com um guaxini
4) Frase de Nelson Piquet:
a) Andar em Mônaco é como andar de bicicleta dentro da casa do Hakkinem pegando fogo b) Andar em Mônaco é como andar de bicicleta dentro de casa c) Andar em Mônaco é como andar de bicicleta ergométrica dentro de casa. Muito fácil d) Andar em Mônaco é mais difícil que assoviar e comer farofa ao mesmo tempo
5) Em GP deste ano, Bruno Senna:
a) Atropelou um porco espinho e furou o pneu b) Tomou trombada de um elefante c) Engoliu um tatu bola e ficou sem ar d) Atropelou um cachorro e estragou o carro
Respostas: 1a, 2a, 3b, 4b, 5d
AUTO FRASE: “As corridas são uma cachaça. Tim tim!” (Ayrton Piquetoso)
REPERCUSSÃO EM TODO O MUNDO SOBRE A COLUNA DO AYRTON PIQUETOSO:
França: “Historiadores garantem: Napoleão colocava a mão dentro da jaqueta para esconder jornal com a Coluna do Ayrton Piquetoso, pois todo mundo o pedia emprestado” (manchete publicada no jornal Cumê Suã Faiz Suá Post).