Coluna Mundo Veloz: Entre eixos

Por Carlos Garcia

– É chegado o momento do Grande Prêmio de Mônaco, aquele responsável por belas imagens no sábado e também no início da prova de domingo, mas que com o passar das voltas se revela como um belo formador de procissões, um termo cada vez mais comum às provas da atual Fórmula-1.

– É bom deixar bem claro que eu gosto sim de Fórmula-1, apenas não me furto à verdade. É que uma prova como essa é sim resolvida no sábado, no treino de classificação, e dessa forma pode-se imaginar mais uma vez que o carro que melhor se adaptar às condições de pista deve levar o jogo.

– Em 2007 muito se falava sobre a vantagem da McLaren que, além de ter equilibrado as forças com a Ferrari, tinha uma distância entre eixos menor e isso lhe dava uma vantagem em circuitos com curvas de baixa velocidade. Já a Ferrari levaria vantagem em pistas como a Montreal e Indianápolis, pois estas contam com curvas muito rápidas em seus traçados.

– Vamos derrubar os fatos? Tudo bem, a McLaren levou a prova de Mônaco com certa facilidade, mas depois foi descoberto que no tanque de gasolina dos carros de Felipe Massa e Kimi Raikkonen foi encontrado aquele misterioso pó branco que atrapalhou o desempenho dos dois carros. Após isso Massa e Raikkonen prometiam dominar as provas do Canadá e dos EUA e o mundo assistiu os dois primeiros trunfos de Lewis Hamilton na Fórmula-1, com folga.

– Agora todo mundo diz mais uma vez que a McLaren vai dominar o Grande Prêmio de Mônaco. Eu não acredito e digo por quê. Primeiro: o carro é bom, mas seus pilotos não estão conseguindo desenvolvê-lo com a mesma velocidade que a Ferrari, ou seja, hoje a equipe italiana é melhor. Segundo: poucos perceberam, mas depois do escândalo de espionagem do ano passado a McLaren resolveu aumentar sua distância entre eixos, o que deixa esse carro mais ao estilo da Ferrari do ano passado. A Ferrari por sua vez resolveu fazer o contrário e diminuição essa distância.

– Quem está certo afinal?

E mais:

– Não é necessário dizer após o texto acima que os testes realizados pela Fórmula-1 na semana passada visando o Grande Prêmio de Mônaco não querem dizer muita coisa. No primeiro dia Lewis Hamilton deu voz aos que acham que a McLaren é mesmo melhor em Mônaco, no segundo dia Raikkonen desmentiu e no desempate Trulli ficou com o melhor tempo;

– Essa é demais. Durante a viagem do repórter Felipe Motta da rádio Jovem Pan à Finlândia ele descobriu que o nome do pai de Kimi Raikkonen é Masa. E a pronúncia? Massa. Impressionante;

– Me deixou de coração partido o incêndio na casa do bicampeão Mika Hakkinen que destruiu justamente a sala de troféus do piloto. Lá se vai a memória de uma bela carreira;

– Robert Kubica se diz surpreso com o prêmio Lorenzo Bandini, conquistado devido a seus feitos em 2007. Nada melhor que suas próprias palavras onde ele diz que fez uma temporada ruim. Estranho o conceito usado para definir o ganhador do troféu;

– Impressionante o domínio da Medley/Mattheis na prova de Curitiba da Stock Car e também nesse início de temporada. Vitória em São Paulo com Marcos Gomes, em Brasília com Ricardo Maurício na equipe B (a WA Mattheis) e Marcos Gomes em segundo, mesmo resultado de ontem, porém com a presença de Valdeno Britto em terceiro em um pódio azul e branco.

http://omundoveloz.blogspot.vom

[email protected]



Baixe nosso app oficial para Android e iPhone e receba notificações das últimas notícias.