Coluna Piloto X: Pilotos e super-heróis

Por Sandro Mendes

A Fórmula 1 tem muitas histórias espetaculares para contar, como as de Niki Lauda e Mika Hakkinen. Ambos sofreram acidentes horríveis, praticamente ressuscitaram dos mortos e depois voltaram a correr, chegando a vencer campeonato. Lauda inclusive recebeu, na pista, a extrema-unção.

Histórias inacreditáveis como estas fazem com que o piloto de corrida se assemelhe a um super-herói. Como se estivessem acima da vida e da morte, ambos sofrem quedas e desastres terríveis, levantam-se e saem andando como se nada tivesse ocorrido.

A propósito, há outras semelhanças entre o piloto e o super-herói. Normalmente, o super-herói tem um quê de solitário, assim como o piloto em seu carro, voando a 300 por hora.

Ambos, herói e corredor, se vestem com roupas especiais. O primeiro usa máscara, assim como o segundo, escondido atrás da balaclava e do capacete.

O super-herói (a exemplo dos X Men) é polêmico, diferente, amado por uns e odiado por outros. Assim também são muitos pilotos. Schumacher e Alonso se encaixam bem nessa definição.

O super-herói tem visão privilegiada, reflexos rápidos e uma estrutura física diferenciada. Para voar a 300 por hora, o piloto precisa dessas mesmas qualidades.

Os grandes heróis andam normalmente com belas mulheres. Os pilotos estão sempre rodeados por elas.

A maior diferença é que os super-heróis nunca morrem, ao contrário de Senna, Villeneuve e tantos outros pilotos.

Em contrapartida, os pilotos têm a vantagem de ser de carne e osso. Podemos tocá-los, fotografá-los, vê-los em ação.

Nem por isso, no entanto, heróis e pilotos deixam de ser tão parecidos. São feitos da mesma essência, uma mistura de coragem, precisão e capacidade de voar.

Um abraço do Piloto X. Paz.



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