Por Danilo Oliveira
Eu realmente não lembro de ter visto nos últimos dois ou três anos uma
corrida pra acontecer tanta coisa junta. O GP da Austrália foi um misto de fatos inusitados, catimba, risadinha escrota e muita, muita emoção.
A corrida para os brasileiros foi uma desgraça. Não só a corrida, mas todo fim de semana. Felipe Massa não se encontrou com o carro durante os treinos e na última tentativa de provar que ele é bom mesmo, virou
sanduíche australiano a la Klien e Speed. Rubens Barrichello também não se encontrou com o carro, não só esse fim de semana, é verdade. Ele ficou mal acostumado de pilotar um robô durante seis anos e agora
desaprendeu temporariamente (temporariamente sim, eu sou atimista) como pilotar um carro que exige trabalho, esforço, talento, enfim, exige um piloto de verdade.
Porém, se Barrichello não saísse da Ferrari, também não teria um robô
em suas mãos. Foram incontáveis as vezes que Schumacher foi passear na
grama. Tentando desesperadamente chegar ao piloto da frente até que…
enfim, isso vocês sabem. Aliás, deve ter caído todos os chifres naquele vai e vem de cabeça (rs).
Já Jenson Button (que todo mundo sabia que ele não ia ganhar desde o
começo), deu o seu primeiro sinal de imaturidade e falta de experiência na primeira re-largada. Foi patético. Se tivesse sido combinado, não sairia tão perfeito. Foi decaindo cada vez mais e quando tava prestes a marcar alguns pontinhos. POOW! Bye, bye motor. Depois disso, veio a ordem da equipe pra ele não cruzar a linha de chegada para poder trocar o motor na próxima corrida sem sofrer punições. Estratégia usada em cima da esperteza e, do furo de regulamento.
De certo modo, aconteceu várias outras coisas interessantes na corrida, é claro. Mas essas ganharam no meu top top. Um top top que acredita em macumba. E que tem certeza que a galinha preta na entrada do circuito era espanhola.