Por Luís Joly
Nada de muito especial no GP da China. O mais interessante foi a corrida como um todo, as brigas, e o traçado, para mim sem dúvida um dos melhores da Fórmula 1 atualmente. Curvas abertas, fechadas, rápidas e lentas, longas retas e grampos que fazem qualquer fã de automobilismo (eu incluso) sentir vontade de correr por lá. Não é a toa que tem recebido tantos elogios dos pilotos. A pista é uma delícia.
Outro dia peguei uma fita muito antiga, chamada Racing is In My Blood. Acho que muitos aqui devem conhecer. Foi um documentário produzido em 1991, a partir de uma entrevista com o Senna, em sua casa em Angra dos Reis, ao final daquela temporada. Não foi feito para o público brasileiro, tanto que é que mal conseguimos ouvir Senna em português, mas acabou se popularizando por aqui após a morte do piloto.
È muito interessante ver um documentário de Senna sem o show de luzes e melo dramaturgia que nasceu após 1994. O texto discorre sobre a filosofia de Ayrton, suas ambições, desejos, personalidade e estilo de viver…e correr, claro. Um estilo que ele mesmo confirma – faz parte de sua louca perseguição pela vitória.
Os depoimentos são todos no presente, portanto não há emoção. Senna está lá, ao lado deles, e não há motivos para colocá-lo em um pedestal. Ele é simplesmente um colega de profissão para os muitos que aparecem no vídeo. Até aquele momento, Senna não havia protagonizado duas de suas melhores corridas na carreira (Brasil e Donnington, 93). Mas mesmo assim ele já é um marco para os entrevistados. Não há Instituto, velório ou imagens clichê. Senna como ele é – mas em inglês. Vale a pena, para quem não tem.
Um site legal que me passaram outro dia: http://www.hweitzmann.net
Possui um link na entrada que mostra a evolução dos carros de Fórmula 1. Vai de 1950 a 2003, mostrando praticamente todos os carros de perfil. Vale a pena relembrar clássicos como as Lotus pretas, a Williams verde e branca, além dos charutos da década de 50. Estão todos lá.