Coluna Speedway: Saludos al Campeón Fernando Alonso

Por Fernando Santilli

Aconteceu o esperando por todos os fãs de Fórmula 1. Fernando Alonso sagrou-se campeão do mundo de Fórmula 1 no Grande Prêmio do Brasil, em Interlagos guiando sua Renault.

Com seis vitórias no campeonato, restando ainda duas corridas, Japão e China, Alonso já levantou o caneco e fez a festa do título de pilotos em terras tupiniquins.

Aliás, esta foi a primeira vez que o campeonato foi decidido no Brasil em toda a história da F1, por sorte, estive lá para presenciar este acontecimento histórico: Ver ao vivo o piloto mais jovem da história da F1 conquistar o título de pilotos e colocar seu nome no Hall da Fama junto aos de Schumacher, Prost, Senna, Mansell, Piquet, Hakkinen, entre tantos outros.

Alonso, a partir de agora, tem um nome e um título a ser batido nas próximas temporadas por seus adversários de pista. E apesar do próprio piloto dizer que não sente nenhum peso por ter que brigar pelo título sendo o atual campeão, fato é que a pressão por resultados tão bons quanto deste ano e disputa com os outros pilotos por colocações será maior.

Fernando Alonso não é mais um piloto qualquer ocupando um cokpit de um Fórmula 1, mas sim um campeão que os espanhóis reverenciam como um príncipe. Arrojo, inteligência, capacidade e estrategista são algumas de suas características, estas que o tornaram o número 1 da Fórmula 1 atual.

Até ano passado Michael Schumacher era o homem a ser batido, e este ano foi por Alonso, ano que vem quem “sofrerá” com esse peso será o espanhol que dificilmente ele ou qualquer outro piloto irá começar uma hegemonia na F1 como a que vimos até ano passado com os incansáveis títulos de Schumacher.

Enquanto mais de 13 milhões de pessoas na Espanha acompanham a conquista de Alonso de longe, pela tevê, os brasileiros tiveram a felicidade de consagrar o espanhol das Astúrias com o título. Independente de ser pela tevê ou ao vivo no autódromo a conquista de Alonso no Brasil trará um futuro promissor para o Autódromo José Carlos Pace, ou meramente Interlagos. Diante de inúmeros boatos dos últimos anos falando que Interlagos poderia sair do calendário de F1 depois que acabar o contrato assinado pela prefeitura da capital paulista e a FIA, agora nosso amado Interlagos ganhou mais um mérito: Consagrou um piloto campeão do mundo. Outro acontecimento também importante é a provável privatização do autódromo, uma vez que a prefeitura deixa praticamente abandonado o circuito fora da época de F1, e depois cobra alto pelos ingressos sem comunidade pelo que se paga, infelizmente. E com o título de Alonso, e a privatização de Interlagos novos campeonatos e uma comunidade melhor, ao menos é o que se espera.

Se não bastasse o 3º lugar e a conquista de Alonso do mundial de pilotos, Montoya pelo segundo ano seguido (desta vez pela McLaren) faturou a vitória e os brasileiros (Pizzonia, Massa e Barrichello) mais uma vez decepcionaram. Massa não poderia fazer muito com o carro que tem, Pizzonia com uma Williams duvidosa de sua capacidade bateu sem completar a primeira curva, e Rubinho parecia uma tartaruga com uma Ferrari lenta demais nas pistas, conseguindo o sexto lugar, melhor colocação dos brasileiros na corrida.

E assim desdenhou uma corrida vencida por um piloto colombiano de idioma espanhol seguido pelo campeão, um espanhol “autentico”. Ah sim, claro, também teve um finlandês nessa história, mas esse aí não conquistou nada.

Para a McLaren que até então brigava pelo título de pilotos com Kimi Raikkonen restou se contentar em disputar o título de construtores diretamente com a Renault. Ainda restam duas corridas a serem realizadas e, acredito que ao contrario do que houve com o time inglês na disputa do mundial de pilotos, o mundial de construtores está praticamente ganho, com o carro a ser batido, dificilmente perderá o mundial de construtores e ganhará muitos milhões com essa conquista.



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