Coluna do Dr. Paddock: O papa é alemão, mas Deus é espanhol

Por Danilo Oliveira

Quem pôde assistir o GP de San Marino, no domingo pela manhã, não tenha dúvidas: você já tem uma história pra contar daqui a 20 anos. “Ai ai… San Marino 2005, aquilo que foi corrida”. Um dos maiores espetáculos já visto em toda história da Fórmula 1. E 11 anos depois, San Marino volta para história mais uma vez.

As surpresas começaram na madrugada do Domingo, no segundo treino classificatório. Michael Schumacher, errou e errou feio na sua volta rápida, resultado: uma décima quarta posição no grid. Era fato que a McLaren, BAR e a Ferrari, iriam brigar diretamente contra a Renault pela vitória, já que pela primeira vez na temporada não víamos um carro azul largando na pole.

Uma largada ‘sem graça’ para quem esperava alguns carros sobrando na pista logo na primeira curva. O que se pôde notar depois da largada, foi um Kimi Raikkonen arrojado, despejando um mundo de tempo na galera que vinha atrás. Mas… o homem do gelo foi forçado a abandonar a prova depois de um problema mecânico.

Após as primeiras paradas, notava-se um vulto alemão se aproximando assustadoramente nos líderes, era o velho Schumacher de sempre. Voltas voadoras em cima de voltas voadoras, nessa historinha ele engoliu 7 posições e saiu dos boxes em terceiro. Era apenas o começo de um show.

Schumacher vai tirando 1,5seg por volta dos líderes, opa! Quem é aquele ali na frente? Uma BAR…

O alemão nem tinha começado ainda suas investidas para ultrapassar Button, mas pra que investir se logo na frente tinha dois retardatários que fizeram isso por ele? Num descuido de Button e um gesto arrojado de Schumacher, PUUF! Agora só faltava o Alonso…

Dentro de pouco tempo, Schumacher tinha tirado 30seg de diferença pro Alonso e estava de cara com a fera.

Chegávamos nas últimas 12 voltas…

Alonso x Schumacher; Schumacher x Alonso. Dois monstros do automobilismo começaram uma disputa de deixar os telespectadores em pé, suando frio e com o coração descompassado. Schumacher ia de um lado pro outro tentando a ultrapassagem, mas Alonso não dava o braço a torcer. Foram assim por 12 voltas. Não tenho dúvidas que na cabeça de alguns telespectadores veio logo lembranças de Senna x Mansell, Mônaco 1992. Estávamos presenciando a mais bela disputa dos últimos tempos da Fórmula 1… Mas o alemão não conseguiu o seu ‘final de semana perfeito’, como ele mesmo disse. Alonso vence de forma gloriosa e Schumacher chega em segundo de forma genial.



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