Coluna do Alexandre Barros: No meio do deserto

Oi pessoal,

Já estou na Malásia mas estou devendo a coluna do GP do Catar a vocês e acho que hoje vai ser mais ou menos curta porque não há muito o que dizer.

Bom, viajei para o Oriente Médio na segunda-feira e esta foi a primeira vez que estive em um país como aquele. O Catar fica ao lado da Arábia Saudita, ou seja no meio do deserto, e está sendo construído. Para todos os lados que voê olha tem gente trabalhando em obras, construindo e das 650 mil pessoas que moram alí, aproximadamente 520 mil são estrangeiros. Tem muita gente de fora que mora lá.

A corrida: o final de semana começou bastante bem, nas primeiras sessões de treinos estávamos aprendendo a pista e os tempos não foram muito bons, mas no sábado já sabíamos que seríamos rápidos e fomos, 3o no treino da manhã e 2o no da tarde. Ainda conseguimos baixar em mais de 4 segundos o tempo do classificatório de sexta. Estávamos bem confiantes e tranquilos que a corrida seria boa e teriamos a chance de lutar pela vitória.

Tive um pouco de dificuldade na largada e caí para 7o, acho, mas tinha o Sete na minha mira e era ele que eu pretendia me concentrar. Na 3a volta houve o toque com o Valentino que me atrapalhou e depois o motor do Nakano que quebrou e acabei ficando preso no óleo que a moto jogou na pista.

Apesar de ficar decepcionado de ter que outra vez fazer uma corrida de recuperação parti pra cima. A cada volta conseguia melhorar minha posição porque a moto estava muito boa, como disse no começo. Os pneus também se comportaram bem e eu realmente queria ter tido a oportunidade de poder lutar pela vitória, mas já passou e agora vamos para a próxima que omeça amanhã.

Sobre o GP da Malásia posso dizer que o calor é parecido com o Catar mas é um país muito úmido e até os boxes têm ar condicionado, de tão quente que é. Seria até insuportável ficar dentro do box se não fosse o ar. A pista de Sepang é mais limpa que no Catar e acho que vai ser uma prova bem interessante porque o campeonato voltou a estar em aberto. Vamos ver o que vai dar.

Gente, até semana que vem,

Um abraço para vocês,

Alexandre Barros