O chefe da Mercedes, Toto Wolff, acredita que a Fórmula 1 deveria considerar o retorno do GP da Coreia do Sul ao calendário, descrevendo o país como um ‘mercado inexplorado’ para a categoria.
A Coreia do Sul sediou corridas entre 2010 e 2013, no Circuito Internacional de Yeongam, antes de o evento ser cancelado devido a desacordos contratuais entre os organizadores e a Formula One Management (FOM). Em 2012, o GP registrou prejuízo de aproximadamente US$ 26 milhões, e a etapa acabou sendo retirada do calendário no ano seguinte.
“Tem sido um mercado um pouco inexplorado, especialmente considerando o quanto a Fórmula 1 cresceu nos últimos anos, principalmente entre o público jovem”, afirmou Wolff à Reuters.
O dirigente destacou que a F1 tem experimentado um forte crescimento entre mulheres de quinze a vinte e quatro anos, um grupo altamente ativo nas redes sociais, algo que segundo ele, se conecta bem ao perfil da Coreia do Sul.
“Nosso público que mais cresce é formado por jovens mulheres, muito presentes nas redes sociais. A Coreia do Sul é um país extremamente conectado digitalmente, então seria ótimo voltar e mostrar como a Fórmula 1 mudou nos últimos dez anos”, afirmou Wolff.

Atualmente, o continente asiático conta com três etapas no calendário, China, Japão e Singapura, enquanto a Fórmula 1 ampliou sua presença nas Américas e no Oriente Médio.
Wolff acredita que há uma lacuna geográfica na região, que poderia ser preenchida por um retorno do GP coreano, especialmente em meio aos planos da categoria de regionalizar o calendário, agrupando corridas por proximidade geográfica.
“O objetivo de Stefano (Domenicali, CEO da F1) é sempre manter um bom equilíbrio. Existem fatores comerciais e também um planejamento de longo prazo, mas acredito que temos um espaço em branco na Ásia Oriental”, concluiu Wolff.
A Mercedes deve realizar uma exibição com Valtteri Bottas na Coreia do Sul, e Wolff vê na ocasião uma oportunidade para reacender o interesse do país em receber novamente uma etapa oficial da Fórmula 1.
