F1: Verstappen vence em Abu Dhabi, mas Norris vai ao pódio e é campeão mundial de 2025

Max Verstappen venceu o Grande Prêmio de Abu Dhabi, 25ª etapa da temporada 2025 da Fórmula 1, que marcou o encerramento do ano. Mesmo com a vitória, o título ficou com Lando Norris, que terminou em terceiro, logo atrás do seu companheiro de equipe na McLaren.

Charles Leclerc terminou na quarta posição, à frente de George Russell, da Mercedes. Fernando Alonso foi o sexto colocado pela Aston Martin, seguido por Esteban Ocon, da Haas. Lewis Hamilton, em corrida de recuperação, cruzou a linha de chegada na oitava posição.

Oliver Bearman, da Haas, foi o nono colocado, enquanto Lance Stroll, no segundo Aston Martin, completou a zona de pontuação na P10, mas foi punido. No fim da corrida, Bearman também foi penalizado e caiu para P12. Nico Hulkenberg, da Sauber, foi promovido para a 9ª posição depois das penalidades.

Gabriel Bortoleto teve um ótimo começo de corrida na Yas Marina e se manteve entre os sete primeiros. Mas o stint com pneus duros do brasileiro não foi bom, perdendo várias posições e cruzando a linha de chegada na P12, que virou P11 com a penalidade de Bearman.

F1: Verstappen vence em Abu Dhabi, mas Norris vai ao pódio e é campeão mundial de 2025
Foto: XPB Images

A corrida

Verstappen largou bem, cruzou para a defesa da linha interna e manteve a liderança, enquanto Oscar Piastri mergulhou por fora na curva 9 para assumir a segunda posição logo na primeira volta. Era um movimento ousado que comprovou a intensidade emocional do fim de semana: tudo valia em busca do título.

Norris caía para terceiro, porém seguia matematicamente confortável. Seus 24 pontos de vantagem lhe garantiam margem para administrar — desde que controlasse Leclerc, Russell e Alonso no pelotão intermediário, e desde que a McLaren não se comprometesse estrategicamente.

Com o trio isolado na frente, Verstappen abria pouco mais de dois segundos, mas recebia mensagens sobre desgaste precoce nos pneus. Piastri, mais rápido no stint inicial, reduzia a diferença. Norris, em terceiro, tentava manter Leclerc fora da zona de DRS.

A corrida começava a se dividir em duas narrativas: a luta pela vitória entre Verstappen e Piastri; e a luta pelo título, que dependia exclusivamente da serenidade de Norris.

Russell foi o primeiro entre os líderes a parar. Norris fez o mesmo no giro 17. Voltou em nono e precisou reconstruir sua corrida, mas fez isso como um campeão. Ultrapassou Antonelli, depois Sainz, depois Stroll e Lawson em uma sequência impressionante, digna de quem entendeu que não bastava administrar: era necessário reafirmar a autoridade na pista.

A McLaren via ali um risco tático: Tsunoda, de pneus duros, se tornava uma barreira planejada para atrasar Norris. E de fato, o japonês tentou — jogou duro, empurrou no limite, mudou mais de uma vez a trajetória e acabou recebendo cinco segundos de punição. Mas Norris, mesmo sob pressão de Leclerc, passou limpo, firme e no momento certo.

Dali em diante, a sensação era de que o título estava encaminhado.

Piastri chegou a liderar quando Verstappen parou, mas o australiano não tinha mais pneus para resistir. Na volta 41, a ultrapassagem do holandês foi inevitável. O piloto da McLaren parou logo depois e voltou em segundo, mas já com Norris controlando sua corrida a pouco mais de quatro segundos da Ferrari de Leclerc.

Faltando poucas voltas, o rádio da McLaren tratava Norris como um campeão sendo guiado até a linha. “Apenas mantenha o ritmo.” Ele manteve. “Piastri tem graining, você não precisa atacá-lo.” Ele não atacou. “Leclerc está muito longe.” E de fato estava. A corrida já não era mais sobre ultrapassagens. Era sobre não errar.

Verstappen cruzou a linha sem ser ameaçado — uma vitória dominante, mas insuficiente para alterar o destino do campeonato. A câmera então buscou Norris. Silêncio no rádio até os metros finais.

Quando passou pela linha de chegada, o engenheiro confirmou: “Lando, você é campeão mundial de Fórmula 1.” O britânico de 25 anos, que carregou McLaren em tempos sombrios, que cresceu sofrendo derrotas dolorosas, que amadureceu em público, finalmente completava sua própria história de redenção.

P3 foi mais do que suficiente. Foi simbólico: uma chegada sólida, consciente e inteligente — como fazem os campeões.

Confira o resultado do GP de Abu Dhabi de F1:
1) Max Verstappen (Red Bull/Honda RBPT)
2) Oscar Piastri (McLaren/Mercedes)
3) Lando Norris (McLaren/Mercedes)
4) Charles Leclerc (Ferrari)
5) George Russell (Mercedes)
6) Fernando Alonso (Aston Martin/Mercedes)
7) Esteban Ocon (Haas/Ferrari)
8) Lewis Hamilton (Ferrari)
9) Nico Hülkenberg (Sauber/Ferrari)
10) Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes)
11) Gabriel Bortoleto (Sauber/Ferrari)
12) Oliver Bearman (Haas/Ferrari)
13) Carlos Sainz (Williams/Mercedes)
14) Yuki Tsunoda (Red Bull/Honda RBPT)
15) Kimi Antonelli (Mercedes)
16) Alexander Albon (Williams/Mercedes)
17) Isack Hadjar (Racing Bulls/Honda RBPT)
18) Liam Lawson (Racing Bulls/Honda RBPT)
19) Pierre Gasly (Alpine/Renault)
20) Franco Colapinto (Alpine/Renault)



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