F1: Verstappen, Norris e Piastri empatados em Abu Dhabi? Veja os cenários

Três pilotos, a mesma pontuação e o mesmo número de vitórias: a combinação quase impossível que mantém o Mundial aberto.

A Fórmula 1 vive uma temporada tão imprevisível que até um cenário jamais visto na história da categoria entrou no radar: a possibilidade de Lando Norris, Oscar Piastri e Max Verstappen chegarem à última etapa, em Abu Dhabi, completamente empatados em pontos. E por mais improvável que pareça, a matemática mostra que é possível — embora dependa de um alinhamento quase perfeito de resultados no GP do Catar.

Atualmente, Norris lidera o Mundial com 390 pontos, enquanto Piastri e Verstappen aparecem empatados com 366. O fim de semana em Lusail vale 33 pontos no total, já que o formato Sprint adiciona mais uma corrida antes do GP principal. Para que esse empate triplo aconteça, Verstappen e Piastri precisariam somar exatamente 26 pontos cada, enquanto Norris teria de sair do Catar com apenas dois pontos a mais do que já tem.

A combinação que leva a esse cenário é tão específica quanto improvável. Primeiro, Piastri teria de vencer a Sprint, enquanto Verstappen terminaria em oitavo, somando apenas um ponto. Norris precisaria abandonar ou terminar fora da zona de pontuação. No dia seguinte, no GP, Verstappen venceria com autoridade, Piastri chegaria em segundo e Norris seria apenas nono. Nessas condições, os três alcançariam os mesmos 392 pontos.

O detalhe curioso é que, caso isso realmente aconteça, os três chegariam à corrida final com o mesmo número de vitórias na temporada: sete para cada um. Seria algo sem precedentes na categoria. Nem mesmo 2007, 1974 ou 2021 — temporadas com finais dramáticos entre dois ou três pilotos — produziram um cenário tão matematicamente simétrico.

The podium (L to R): Lando Norris (GBR) McLaren, second; Max Verstappen (NLD) Red Bull Racing, race winner; Pierre Wache (FRA) Red Bull Racing Technical Director; Oscar Piastri (AUS) McLaren, third.
Foto: XPB Images

E se Abu Dhabi terminasse com outro empate? A regra prevê que, em caso de igualdade de pontos, o desempate vem pelo número de vitórias, depois pelo número de segundos lugares. Mesmo nesse exercício hipotético, Norris ainda sairia campeão, já que tem oito segundos lugares, contra cinco de Verstappen e quatro de Piastri. Ou seja, apenas uma combinação extremamente específica de abandonos levaria ao título pelo critério de desempate, mas ainda assim Norris terminaria o ano no topo.

Trata-se, evidentemente, de um cenário muito distante da realidade mais provável. McLaren e Red Bull vêm alternando desempenhos durante o ano, mas repetir exatamente essa sequência de resultados exige uma conjunção perfeita de fatores. Ainda assim, o fato de que a matemática permite esse desfecho já ilustra o quanto a temporada 2025 tem sido imprevisível, tensa e historicamente equilibrada.

E como lembrete adicional, o GP do Catar deste ano traz uma particularidade estratégica relevante: FIA e Pirelli determinaram que cada jogo de pneus só pode ser usado por até 25 voltas, por motivos de segurança. Isso significa que todos os pilotos serão obrigados a realizar duas paradas. Em um campeonato tão disputado e com margem tão curta para erros, essa limitação adiciona uma camada extra de incerteza à matemática do título.

As chances de um triplo empate são mínimas, mas o simples fato de que o cenário existe — e que ele levaria a um tudo ou nada em Abu Dhabi — reforça o que já sabemos: a temporada 2025 está entregando exatamente o que se espera em um mundial de Fórmula 1.



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