Piloto brasileiro foi pivô do rompimento da parceria entre Sauber e Red Bull, explica Zehnder

O gerente da equipe Alfa Romeo-Sauber, Beat Zehnder, conta que a equipe suíça poderia ter se tornado a Red Bull se não fosse por uma disputa de pilotos em relação ao brasileiro Enrique Bernoldi.

A Sauber foi apoiada pela Red Bull de 1995 a 2001, mas esse relacionamento terminou abruptamente quando a equipe se recusou a colocar Bernoldi no carro. A empresa queria que seu piloto corresse pela Sauber, mas Zehnder não ficou impressionado com o desempenho do brasileiro na Fórmula 3000. Com isso, a marca de bebidas energéticas retirou o patrocínio da equipe.

“A Red Bull pressionou por Enrique Bernoldi, que havia pilotado na Fórmula 3000 em 2000. Peter Sauber me pediu para acompanhá-lo durante toda a temporada. Então eu me sentei no posto de comando para todas as corridas de Fórmula 3000”, explicou Zehnder ao podcast ‘Beyond the Grid’.

Em vez disso, a Sauber colocou Kimi Raikkonen como companheiro de equipe de Nick Heidfeld, a equipe também fez a chamada para deixar Bernoldi como piloto de testes. “Por que ele quer ser piloto de F1? É porque ele queria entrada gratuita nos maiores clubes? Esse foi o meu sentimento”, disse Zehnder.

O gerente da equipe conta que ficou perplexo com o chefe da equipe Sauber, Peter Sauber, que deu ao piloto um papel de piloto de testes por duas temporadas. “Ainda não podemos explicar por que ele fez isso. E então optamos por Kimi em vez de Enrique, e acho que foi aí que a ideia de se tornar a Red Bull Racing foi enterrada”.

Questionado se a Sauber, em vez da Jaguar, poderia ter sido a equipe titular da Red Bull Racing, Zehnder respondeu: “Acho que sim”.

O brasileiro Enrique Bernoldi passou duas temporadas com Arrows e não conseguiu marcar pontos em um momento em que a F1 distribuía pontos apenas aos seis primeiros. Enquanto a Sauber se uniu à BMW, correndo como BMW Sauber por cinco temporadas. E a Red Bull comprou a equipe Jaguar no final de 2004.