Cerca de trinta anos atrás, Ayrton Senna declarou em uma entrevista: “todo ano alguém vence um campeonato, é preciso fazer algo além disso”. Pode-se dizer que Lewis Hamilton, declaradamente um admirador do piloto brasileiro, segue esse ensinamento à risca. O homem que já venceu seis campeonatos, entre os 13 que disputou, é um personagem que transcende os limites dos autódromos. O que é excelente para todos, a começar pela própria Fórmula 1.
Ativista pela igualdade entre negros e brancos, defensor dos animais, militante da sustentabilidade e atento às reivindicações das minorias, Hamilton é uma personalidade necessária aos dias de hoje. Usa sua popularidade, sua imagem e até sua influência política para ajudar a provocar mudanças naquele mundo que ele encontrou quando abraçou o automobilismo como profissão, ainda criança.
Um mundo em que, por mais que vencesse, sua cor ainda chamava mais atenção que seus resultados. O mesmo mundo no qual perder uma posição para uma competidora do sexo feminino era sinônimo de fraqueza para a imensa maioria de um grid. Ao olhar de muitos, ainda é.
O mundo no qual vivemos hoje revela um alto contraste na questão dos valores. Pouco a pouco, as zonas cinzas do passado vão abrindo espaço para um leque de posicionamentos que definem quem é quem no jogo social. E o trabalho, dentro disso tudo, ganhou um papel crucial. Ter sucesso passou a ser um conceito muito mais ligado ao significado por trás das conquistas do que ao mero acúmulo de números.
E Hamilton está dando bastante significado à sua relevância. Ao seu papel de influenciador, no melhor sentido da palavra. Dias após se tornar embaixador dos Objetivos Gerais da ONU, compareceu aos protestos pacíficos pelo fim da discriminação racial em Londres e anunciou a criação da “Comissão Hamilton”: uma iniciativa para incentivar a diversidade no automobilismo, ambiente ainda hostil e resistente ao perfil plural e multicultural do século XXI.
Em parceria com a Royal Academy of Engineering, o seis vezes campeão mundial de Fórmula 1 busca o maior de seus títulos: melhorar a situação das próximas gerações. A aliança buscará, através de pesquisas, “explorar como o automobilismo pode ser usado para envolver e ser o veículo para mais jovens negros, nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, e finalmente empregá-los nas equipes em diversos setores”.
Lewis Hamilton é um homem além do esporte. É uma figura necessária ao seu tempo.
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