Equipe vive sábado de extremos no GP de São Paulo e comemora presença de Hülkenberg no top-10
O sábado da Sauber no GP de São Paulo foi um verdadeiro teste de resistência, tanto para os carros quanto para as pessoas. Em meio à imprevisibilidade do clima, ao drama de um acidente assustador e ao esforço coletivo digno de manchete, a equipe suíça viveu um dia de emoções extremas em Interlagos.
Durante a corrida Sprint, disputada sob condições variáveis, Gabriel Bortoleto sofreu um forte acidente na freada do S do Senna, enquanto brigava por um lugar entre os dez primeiros. O impacto, registrado em mais de 57G, encerrou a participação do brasileiro na prova, mas ele saiu do carro andando, sem ferimentos. “Fui abençoado por sair ileso. Foi um grande susto, mas estou bem — e isso mostra o quanto os carros de hoje são seguros”, declarou Bortoleto após o atendimento no centro médico.
Enquanto isso, Nico Hülkenberg também teve um início turbulento: rodou na curva 3 durante a Sprint, após escorregar em uma parte molhada da pista, no mesmo ponto em que outros dois carros, Oscar Piastri e Franco Colapinto, foram ao muro. Graças ao rápido trabalho da equipe durante a bandeira vermelha, o carro foi reparado a tempo, e o alemão conseguiu completar a corrida, terminando em 16º.

Mas o maior desafio veio logo em seguida. Com pouco tempo até o início da classificação, a Sauber se mobilizou em um esforço gigantesco para reconstruir completamente o carro de Bortoleto — trocando chassi, motor e câmbio em poucas horas. O time quase conseguiu colocá-lo na pista a tempo, mas o relógio venceu por segundos.
“Foi uma maratona dentro da garagem. Eles trabalharam sem parar, e o fato de termos quase conseguido é uma prova do comprometimento de todos”, destacou Jonathan Wheatley, chefe da equipe. “A prioridade era garantir que Gabi estivesse bem, e depois disso, o time mostrou o espírito que define essa equipe. Hoje, estou orgulhoso do que entregamos.”
Enquanto o brasileiro não pôde participar da classificação, Hülkenberg assumiu a responsabilidade de representar a equipe e respondeu à altura. Com uma volta precisa em um traçado ainda traiçoeiro, o alemão foi ao Q3 pela primeira vez em 2025, garantindo o décimo lugar no grid para a corrida de domingo.
“Foi uma sessão difícil, com muito vento e o carro um pouco instável, mas conseguimos extrair tudo”, afirmou Hülkenberg. “Depois do que passamos hoje, entrar no top-10 foi uma recompensa enorme para toda a equipe. Amanhã o foco é nos pontos.”
O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo de F1 in loco, com Gabriel Gavinelli, Leonardo Marson e Nathalia De Vivo, direto do Autódromo de Interlagos.
