O ex-piloto júnior da Alpine F1, Christian Lundgaard, comparou sua experiência na Fórmula 2 e na IndyCar, e também disse que o equipamento moderno da Fórmula 1 é o carro mais fácil que ele já pilotou.
Lundgaard, piloto dinamarquês de 21 anos, mudou para a Indy este ano, depois de duas temporadas correndo pela ART na Fórmula 2, período durante o qual ele também fez parte da academia de pilotos da equipe Alpine F1.
Embora ele fosse um dos pilotos de teste da equipe, ele decidiu ir para os Estados Unidos, quando ficou claro que não haveria oportunidade para ele como piloto titular na equipe francesa de F1, em um futuro próximo.
Correndo pela Rahal Letterman Lanigan, ele conquistou seu primeiro pódio na Indy, com o segundo lugar no circuito misto de Indianápolis no mês passado, resultando em um novo contrato de vários anos com a equipe. Isso o coloca em uma posição forte para comparar o carro atual da F1 e da IndyCar.
“Eu pilotei carros de Fórmula 1, testei alguns dias com a Renault. Então, para mim, vou dizer que pessoalmente, esse foi o carro mais fácil que já pilotei. É fácil pilotar até certo ponto”, disse Lundgaard ao Motorsport.com.
“A razão pela qual vemos a Fórmula 1 tendo o pelotão da frente e, em seguida o pelotão intermediário muito próximos, é que o carro é muito fácil de pilotar até um certo limite. Encontrar esse meio segundo a um segundo, é o que é difícil, porque o carro tem tanto downforce que vai grudar na pista.”
Sobre a Indy ele afirmou: “Você precisa se apressar, você precisa trabalhar o carro, pois o carro não corre por você, você pilota o carro. A coisa sobre IndyCar, é que você precisa ser rápido todas as vezes, e isso é difícil. Acho que a transição para ovais é difícil”, acrescentou.
Enquanto os ovais são, sem dúvida, uma habilidade que precisa ser adquirida, outros ex-pilotos de F1 como Romain Grosjean, Marcus Ericsson, Takuma Sato e Alexander Rossi, mudaram para a categoria americana com sucesso.
“Honestamente, há muitos pilotos da F1 que eu gostaria que tentassem correr na Indy”, disse ele, com Sebastian Vettel atualmente no topo da lista de pilotos cogitados para uma possível mudança para os EUA.
O atual chefe de Lundgaard, fundador e co-proprietário da RLL, Bobby Rahal, disse no início deste ano, que receberia Vettel de ‘braços abertos’, se o tetracampeão de F1 quisesse testar um de seus carros após o término da temporada atual.
Seu filho Graham, ele próprio um atual piloto da Indy, também twittou Vettel na semana passada, dizendo que ‘seria uma honra tê-lo em nosso carro’.
“Acho que seria legal para Sebastian pilotar um carro da Indy, honestamente”, afirmou Lundgaard.
Não é apenas a ação na pista que atrai Lundgaard, que também está achando a atmosfera mais relaxada na Indy, muito mais do seu agrado do que a pressão e a formalidade da F1.
“Eu não acho que tenha havido muita coisa que eu realmente não tenha gostado na IndyCar até agora”, disse ele. “O que eu gosto na Indy, é que a sensação que tenho aqui, é a sensação que tinha quando me apaixonei pelo Kart.”
“Você coloca o carro no chão, você corre e se diverte. Mas você compete, e quando o capacete é tirado todo mundo é muito amigo. Você não vê isso na Europa”, disse ele. “É sobre corridas. É mais sobre corridas do que sobre política.”
“A vida é boa para mim na América”, resumiu. “Prefiro aqui. Obviamente, sinto falta da família e dos amigos etc., mas tenho certeza de que chegará a hora de eles me visitarem”, finalizou.
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