Las Vegas na F1: brilho dos holofotes ofusca a tradição do esporte?

A Fórmula 1 se prepara para correr em Las Vegas, mas nem todos estão celebrando a novidade com entusiasmo. Bernie Ecclestone, ex-chefe da F1, manifestou ceticismo quanto à adequação do evento à essência do esporte. O circuito, com seis quilômetros e 14 curvas, promete desafiar pilotos e equipes com sua baixa aderência inicial e a incógnita de como os carros da atual geração se adaptarão à novidade.

“Não estou realmente ansioso por isso. Por que não? Não tem nada a ver com a Fórmula 1”, disse Ecclestone.

A história nos conta que esta não é a primeira vez que a F1 tenta se estabelecer em Las Vegas. Já na década de 80, a cidade recebeu duas edições do Grande Prêmio no famoso estacionamento do Caesars Palace, mas a relação não perdurou. Agora, com novos donose uma aposta em um espetáculo visual, as ruas da “cidade do pecado” buscam escrever um novo capítulo na história da F1.

Comentários críticos como o de Ecclestone levantam debates importantes sobre a direção que a F1 está tomando sob a administração da Liberty Media. O esporte, que sempre buscou o equilíbrio entre tecnologia, habilidade e espetáculo, encontra-se em um ponto de inflexão onde o entretenimento parece rivalizar com a tradição.