Herta diz que correr na F2 em 2026 é sua última chance de chegar à F1

A Fórmula 1 continua atraindo talentos de outras categorias, e Colton Herta acaba de confirmar que dará um passo ousado em sua carreira para perseguir esse sonho. Após ser anunciado como piloto de testes e desenvolvimento da Cadillac para 2026, o norte-americano revelou que vai deixar a IndyCar ao final desta temporada para disputar a Fórmula 2 no próximo ano, um movimento considerado arriscado, mas que ele define como sua “última chance” de chegar ao grid da F1.

“Todos já viram o quão perto eu estive antes”, disse Herta, lembrando da tentativa frustrada de entrar na Fórmula 1 em 2023 com a AlphaTauri, barrada pela falta de pontos na superlicença. Agora, com 34 pontos acumulados pelas boas campanhas recentes na IndyCar, ele precisa apenas de um resultado entre os oito primeiros na F2 para atingir a pontuação mínima exigida pela FIA.

O piloto de 25 anos já é um nome consolidado na IndyCar, com nove vitórias e passagens marcantes pela Andretti. Ainda assim, escolheu abandonar uma carreira sólida na categoria para encarar os desafios da F2. “É um risco enorme. Eu deixo para trás uma equipe fantástica e um campeonato competitivo, no qual, se fosse o meu dia, eu poderia vencer. Mas sempre sonhei com a Fórmula 1, e acredito que esta é a minha última oportunidade de lutar por isso”, afirmou.

Colton Herta
Foto: IndyCar

Herta destacou que a mudança não foi fácil de decidir. “O caminho mais simples seria continuar na Indy. Mas eu quero apostar em mim mesmo. Não digo que será fácil, vai exigir muito trabalho para me adaptar às diferenças da F1 em relação à IndyCar, mas vou mergulhar de cabeça. Eu acredito que sou rápido o suficiente para chegar lá”, acrescentou.

A ida para a Fórmula 2 também tem outro objetivo estratégico: aproximar Herta do paddock da F1, permitindo maior integração com a equipe Cadillac e com o ambiente da categoria. Além disso, o calendário da F2 acompanha o da Fórmula 1, facilitando a adaptação a pistas, rotinas e até ao comportamento dos pneus da Pirelli.

O americano, entretanto, reconhece que não há garantias de um assento titular na Cadillac em 2027, quando a equipe fará sua estreia oficial na Fórmula 1 com Sergio Perez e Valtteri Bottas. Mesmo assim, ele encara a experiência como um passo necessário. “Não tenho medo da incerteza. Como piloto, você está sempre apostando em si mesmo. Este é apenas mais um desses momentos. Se eu não acreditasse que posso, teria ficado na Indy. Mas eu acredito”, declarou.

Outro ponto que pesou na escolha foi a ausência de choques de calendário. Diferente de outros anos, a Fórmula 2 não terá etapas coincidindo com a Indy 500 ou o GP de Mônaco, o que abre espaço até para uma eventual participação pontual de Herta na tradicional prova americana. “Se fizer sentido, eu não descarto correr a Indy 500 novamente. Mas o foco principal é chegar à Fórmula 1 com a Cadillac”, afirmou.

Por fim, Herta deixou claro que sua saída da IndyCar não é definitiva. “Isso não é um adeus para sempre. Eu me vejo voltando em algum momento da minha carreira, porque amo correr lá. Mas, neste momento, o objetivo é claro: lutar para estar no grid da Fórmula 1”, concluiu.



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