Hamilton vence de ponta a ponta o GP da Espanha de F1

Hamilton venceu, convenceu e está cada vez mais perto de ser o piloto mais vitorioso da história na Fórmula 1; Ferrari segue drama com abandono de Leclerc

Lewis Hamilton, piloto da Mercedes, venceu o Grande Prêmio da Espanha deste domingo (16). O britânico largou na pole position e não foi ameaçado em nenhum momento da corrida, garantindo sua vitória 88 na Fórmula 1 e se aproximando ainda mais do recorde de 91 de Michael Schumacher. Foi também a 156ª vez que Hamilton esteve no pódio, superando o recorde de 155 também do alemão. Hamilton pode também igualar o número de títulos de Schumacher na F1 se conquistar seu sétimo título mundial nesta temporada.

Max Verstappen, da Red Bull, fez uma boa largada e passou Valtteri Bottas para assumir a segunda posição na curva 1. Depois disso, Bottas não conseguiu mais se aproximar do holandês e teve que se contentar com a terceira posição no pódio.

Lance Stroll e Sergio Pérez, a da dupla de pilotos da Racing Point, terminou na quarta e quinta posição, respectivamente. Stroll fez uma excelente largada e era o quarto colocado depois da primeira e se defendeu bem dos ataques de Perez nos estágios finais da corrida. Ao contrário dos GPs anteriores, o ritmo de corrida da equipe de Silverstone foi muito bom.

A McLaren terminou na zona de pontuação com seus dois carros. Carlos Sainz foi o sexto colocado e Lando Norris o 10º. Em ritmo de corrida, ambos desafiaram a Ferrari e levaram a melhor. No fim da corrida, Sainz superou Vettel para garantir a sexta posição.

Norris também levou a melhor na disputa com Charles Leclerc. Na briga pela 11ª, o britânico se defendeu dos ataques de Leclerc e não permitiu a ultrapassagem. Porém, a corrida do monegasco acabaria repentinamente instantes depois. O motor do Ferrari SF1000 simplesmente apagou no meio da chicane final de Barcelona, travando as rodas e girando. Era o fim da corrida de Leclerc e mais um drama para a Ferrari.

Enquanto Verstappen fez o que podia e talvez até mais – ao terminar na frente da Mercedes de Bottas – não dá para dizer o mesmo do seu companheiro de equipe Alexander Albon. O tailandês largou em sexto, mas não conseguiu se desenvolver durante a corrida e cruzou a linha de chegada na oitava posição, apenas uma posição à frente de Pierre Gasly – que pilota o carro júnior da equipe, o AlphaTauri AT01.

A corrida

Hamilton largou bem, mas não dá pra dizer o mesmo de Bottas. Verstappen e Stroll passaram o finlandês, que quase foi superado também por Pérez.

Lá atrás, Leclerc e Gasly brigavam pela oitava posição. O francês da AlphaTauri fez uma boa largada e ganhou duas posições. A primeira volta foi completada com Hamilton em primeiro, seguido por Verstappen e Stroll.

Na volta 5, Bottas usou o DRS para atacar Stroll e subir para a P3. A briga então passou a ser pela quinta colocação, Albon atacava Perez, que se defendia bem do tailandês.

Hamilton abria meio segundo por volta e Verstappen estava há mais de 7 segundos quando Verstappen parou e colocou os pneus médios, voltando na terceira posição. Pouco antes, Albon também tinha feito sua parada, retornando à pista em 12º, mas com uma estratégia diferente com os pneus duros. O holandês supreendentemente reclamava do desgaste dos pneus, enquanto a Mercedes seguia firme com seus compostos.

Com todo mundo parando, Vettel subiu para a sétima posição logo atrás de Leclerc.

A Mercedes chamou seus dois pilotos para trocar pelos médios no giro 24, depois que Verstappen mostrava bom ritmo e que podia ameaçar Hamilton nos estágios finais do GP. A equipe alemã ainda errou no pit stop de Hamilton, perdendo alguns segundos nos boxes.

Hamilton voltou na P1 e Bottas na P3, dois segundos atrás de Verstappen. O holandês da Red Bull reassumiu a segunda posição, quatro segundos atrás de Hamilton.

Stroll parou na volta 28, retornando em oitavo e à frente de uma disputa intensa que acontecia entre Ocon, Albon e Magnussen.

Perez fez sua parada algumas voltas depois, perdendo a posição para Sainz nas paradas. O mexicano voltou colado no piloto da McLaren, mas conseguiu voltar à frente do Ocon – que conseguiu se livrar do Magnussen instantes antes.  Mas não durou muito, antes de completar a volta, Perez reassumiu a quinta posição.

Entre os 10 primeiros, apenas a dupla da Renault ainda não tinha parado. Ricciardo ocupava a quarta posição na volta 32 e Ocon era o oitavo. Perez e Stroll iam travando uma bonita disputa caseira, com o canadense dando o troco para ficar na frente do mexicano na P5.

Dá pra dizer que eram duas corridas distintas que aconteciam no circuito de Barcelona quando o Grande Prêmio atingiu sua metade. Os três primeiros – Hamilton, Verstappen e Bottas – e o restante do grid. Sem fazer sua parada, Ricciardo, quarto colocado, estava há 45 segundos do trio.

Norris e Leclerc abrilhantavam a corrida enquanto disputavam a 11ª posição. Leclerc, atrás, tentava de todas as maneiras passar Norris, que se defendia como podia. Ocon liderava os dois em 10º e foi aos boxes na volta 36.

Foi quando Leclerc teve problemas em seu SF1000 e rodou na última chicane, trazendo a bandeira amarela. O motor simplesmente apagou no meio da curva. Pelo rádio, o monegasco confirmou: “O motor apagou”. Ele ainda conseguiu religar o carro, mas apenas para retornar aos boxes e abandonar.

“O painel apagou, o motor apagou, as rodas travaram, mas não sei exatamente qual foi o problema”, disse Leclerc à Globo ainda durante a corrida.

A estratégia alternativa da Red Bull com Albon não funcionou. Os pneus duros realmente não funcionaram durante todo o final de semana em Barcelona e se repetiu durante a corrida. Albon foi aos boxes na volta 40 e voltou com os médios. Uma volta depois, Verstappen também trocou para pneus médios novos.

Verstappen voltou na terceira posição, só que eram mais de 19 segundos atrás do Bottas. O finlandês também não conseguia acompanhar o ritmo do seu companheiro de equipe. Apesar de fazer a volta mais rápida da corrida no giro 42, Bottas estava mais de 12 segundos atrás do líder Hamilton.

Stroll foi para mais uma parada e voltou com os pneus macios – que duraram pouquíssimas votas durantes os treinos – em uma estratégia diferente, mas que tinha tudo para dar errado.

Vettel, que largou em 11º, era o quinto colocado na volta 48. O alemão se beneficiou com a escolha livre de pneus e largou com os médios, mas ainda teria que parar mais uma vez. Os macios de Vettel já tinham 20 voltas neste estágio.

Bottas fez sua segunda parada na volta 48 e voltou com os pneus macios. Uma volta depois, a equipe pediu para Hamilton ficar na pista – apesar de algumas bolhas no traseiro direito do britânico, a Mercedes temia que a chuva chegasse. Na volta 50, Hamilton parou e trocou para os médios, retornando ainda na liderança e 10 segundos à frente de Verstappen, que voltou à P2 com as paradas da Mercedes.

Na 52, a direção de prova avisou que Perez estava sob investigação por ignorar as bandeiras azuis. O mexicano recebeu uma penalidade de cinco segundos por dificultar a ultrapassagem de Hamilton. Pouco depois, Daniil Kvyat também recebeu uma penalidade pela mesma infração.

O britânico tinha um desempenho impecável lá na frente. No giro 55, Hamilton passava o retardatário Vettel e dava uma volta no quinto colocado.

Stroll apertava Vettel pela quinta posição e usou o DRS para assumir a quinta posição faltando 10 voltas para o fim. O canadense estava pouco mais de sete segundos atrás do seu companheiro de equipe e, com a penalidade de Pérez, Stroll precisava tirar poucos segundos da diferença para ser o quarto colocado.

Na volta 58, os pneus de Vettel tinham 31 voltas e era difícil para o alemão manter o ritmo. Duas voltas depois, Sainz se aproximou e ultrapassou com facilidade o piloto da Ferrari para assumir a sexta posição.

Hamilton venceu, seguido por Verstappen e Bottas. O finlandês conseguiu fazer a melhor volta da corrida, garantir o ponto extra e de quebra o recorde do circuito de Barcelona.

A Fórmula 1 agora faz uma pausa, retornando no dia 28 de agosto com os primeiros treinos livres para o GP da Bélgica, sétima etapa da temporada 2020 da F1.

 

Classificação de pilotos e construtores

Com a vitória deste domingo, Hamilton (132) amplia sua vantagem na liderança do mundial para 37 pontos sobre o segundo colocado Verstappen (95).

Verstappen assumiu a segunda colocação na corrida anterior, o GP dos 70 Anos da F1, quatro pontos à frente de Bottas. O holandês agora aumenta a vantagem para seis pontos. Bottas tem 89 pontos em terceiro.

Apesar do abandono de hoje, Leclerc segue com 45 pontos na quarta colocação.

Stroll subiu para a quinta posição com 40 pontos, mesma pontuação de Alexander Albon.

Norris perdeu dois lugares comparado com sua posição anterior e agora é o sétimo com 39 pontos.

Pérez (32), Sainz (23) e Ricciardo (20) completam os dez primeiros.

Entre os construtores, a Mercedes lidera com 221 pontos seguida pela Red Bull com 135. Racing Point assumiu a terceira posição da Ferrari com 63 pontos. A equipe italiana também foi superada pela McLaren, que tem 62, um ponto à frente da Scuderia.

Renault é a sexta colocada com 36 pontos, seguida pela AlphaTauri (16), Alfa Romeo (2) e Haas (1). A Williams ainda não pontuou na temporada.

 

Confira o resultado do grande Prêmio da Espanha de F1:

1) Lewis Hamilton (Mercedes)
2) Max Verstappen (Red Bull/Honda)
3) Valtteri Bottas (Mercedes)
4) Lance Stroll (Racing Point/Mercedes)
5) Sergio Pérez (Racing Point/Mercedes)
6) Carlos Sainz Jr. (McLaren/Renault)
7) Sebastian Vettel (Ferrari)
8) Alexander Albon (Red Bull/Honda)
9) Pierre Gasly (AlphaTauri/Honda)
10) Lando Norris (McLaren/Renault)
11) Daniel Ricciardo (Renault)
12) Daniil Kvyat (AlphaTauri/Honda)
13) Esteban Ocon (Renault)
14) Kimi Räikkönen (Alfa Romeo/Ferrari)
15) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari)
16) A.Giovinazzi (Alfa Romeo/Ferrari)
17) George Russell (Williams/Mercedes)
18) Nicholas Latifi (Williams/Mercedes)
19) Romain Grosjean (Haas/Ferrari)
OUT) Charles Leclerc (Ferrari)

 

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