Geração Drive to Survive: a série que tem ajudado a atrair novos fãs à F1

A F1 tem passado por mudanças nos últimos anos. Mas mais do que alterações nos regulamentos, carros, pilotos e equipes, tem vindo uma onda de novidades para tentar atrair e renovar sua base de fãs. E tem mostrado dar certo.

Uma das medidas de tornar a categoria mais atrativa é a Drive to Survive. A série documental é produzida pela Netflix, serviço de streaming, e que tem o objetivo retratar não apenas as brigas nas pistas e os campeonatos, mas também dar uma nova visão sobre os bastidores do paddock.

Três temporadas já foram lançadas, contando as histórias de 2018, 2019 e 2020, e no próximo ano já está confirmada o lançamento da quarta parte, que vai relatar toda a disputa da atual temporada da F1.

E se o objetivo de a parceria entre a categoria e a Netflix fosse trazer mais fãs como espectadores, em um primeiro momento, parece ter sido cumprido. No Twitter, é inegável o crescimento de comentaristas, adoradores e apaixonados pelo principal certamente do automobilismo mundial.

Geração Drive to Survive: a série que tem ajudado a atrair novos fãs à F1
Drive to Survive (Foto: Netflix)

Inclusive, Júlia Gavillan revelou que quando começou a acompanhar a série, não se interessava pelo tema. “Nunca me interessei por F1, então o programa não estava no meu radar. Comecei a assistir depois que meu namorado, Fagner Morais, me convidou para ver porque acreditou que eu gostaria da produção por adorar materiais documentais”, contou ao F1Mania.net.

Já Isamara Fernandes já tinha curiosidade sobre a F1 e encontrou em Drive to Survive uma maneira de aprender mais sobre a nova paixão. “Decidi assistir porque me recomendaram no Twitter, tinha feito um Tweet falando que queria entender mais sobre F1 e me recomendaram a série”, comentou.

E junto com a série veio também a vontade crescente de acompanhar mais de perto não apenas as corridas, mas também treinos e classificação. Quem explicou foi a Ana [etatdegrace no Twitter]. “Apesar de sempre maratonar as temporadas no dia que saíam, só decidi acompanhar mesmo o esporte [ treino, quali, corrida] em 2021. Mas graças à F1TV consegui assistir as temporadas passadas”, explicou ao F1MANIA.

Danilo Squizato teve a mesma atitude de Ana. “Decidi acompanhar [a F1] durante a série mesmo, no fim dos 3/4 primeiros episódios já estava totalmente curioso. Foi durante a pausa pela pandemia, então, aguardei ansiosamente aquela abertura de temporada na Áustria [em 2020]”, pontuou.

Assim como Ana e Danilo, Pedro Breganholi também começou a acompanhar mais de perto a categoria depois de assistir Drive to Survive. “Voltei a acompanhar em 2019, após assistir a série. Peguei o VT das corridas que já tinham passado e não perco mais nenhum desde então” explicou.

Júlia seguiu o discurso, afirmando que “logo quando terminei a primeira temporada, fiquei ansiosa para acompanhar a F1, porque já estava envolvida com todas aquelas histórias. Basicamente, pulei da série para o começo da temporada de F1.”

Mas não dá para negar que após assistir a série e ver realmente o que acontece durante os finais de semana, foi possível ver a pequena dramatização criada pela Netflix. “Quando eu comecei a acompanhar tudo pra valer os treinos, classificatória, corridas e até os bastidores e rádios dos pilotos eu vi que a série da uma pequena aumentada nas coisas”, ressaltou Ladeia.

Geração Drive to Survive: a série que tem ajudado a atrair novos fãs à F1
Drive to Survive (Foto: Netflix)

“Acho que eu até reparei que eles pegaram áudios que eram de uma corrida e colocaram em outras, mas fora isso eu gosto bastante da série e já entendi que esse é meio que o proposito dela”, continuou Isabela.

“A série trás uma ‘romantização’ muito grande e explora personagens que são atraentes ao emocional do público [exemplo Daniel Ricciardo]. Ao acompanhar a F1, alguns momentos marcantes da temporada no âmbito esportivo, são pouco explorados, muito pelas permissões da Netflix por GP e tal. Nada muito absurdo que estrague a experiência, mas acompanhando a temporada toda no detalhe, é perceptível tais oportunidades”, concordou Danilo.

Mas isso não tem se mostrado um problema, afinal, o esporte encantou aqueles que passaram a assistir de perto. “Eu tenho achado a Fórmula 1 mais complexa do que eu imaginava – as estratégias da corrida, diferentes compostos de pneus, o que é e o que faz cada parte do carro etc, mas estou gostando muito de acompanhar porque as corridas estão tendo resultados imprevisíveis, sem contar a disputa pelos títulos entre o Lewis x Max e Mercedes x Red Bull”, falou Ana.

“Tenho gostado bastante, finalmente estou vendo uma temporada verdadeiramente emocionante. Ainda estou aprendendo sobre regras e algumas são complexas, mas acredito ser uma questão de continuar acompanhando e descobrindo tudo gradualmente. No fim, eu quero saber das histórias das pessoas e das corridas, é isso que me interessa”, seguiu Júlia.

“Como esporte, eu tenho adorado. É um esporte muito competitivo, que nos traz batalhas incríveis. O esporte em si é encantador, como organização do politicamente, claro, fica devendo em muitos aspectos se formos levar em conta a realidade que vivemos em 2021”, completou Isamara ao F1Mania.net.

E para terminar, será que já elegeram os pilotos e equipes favoritos? “Por ser das antigas, curto muito a Williams e o George Russell. Também gosto do Sainz, acho um cara muito divertido, e minha esposa é fã do Leclerc. Então gosto dele também por tabela. Pra ser sincero, tem pouca coisa que eu não goste na F1 hoje em dia. DTS te faz gostar até dos chefes de equipe“, disse Pedro.

“Não tenho uma equipe favorita, mas gosto muito do Pierre Gasly. A história dele na F1, contada em Drive to Survive, é incrível e sempre comemoro quando ele consegue bons resultados”, falou Gavillan.

Já Ladeia afirmou que “minha equipe favorita é a McLaren, passo mal torcendo. Ela me chamou atenção primeiro pelo conteúdo deles fora das pistas e depois que eu fui aprendendo toda a história ai se tornou a favorita mesmo.”

“Questão de piloto como eu acabei entrando nessa através do Lando Norris acho que torço mais pra ele, mas conforme fui conhecendo os outros torço também pro Lewis porque ele é muito bom e pro Daniel e Sebastian que também gostei bastante”, emendou.

E enquanto Isamara diz que Daniel Ricciardo é seu piloto favorito, Ana e Danilo dividem o amor pela Red Bull. “O meu piloto favorito é o Sérgio Perez, então acabo torcendo pra RedBull também”, falou a torcedora. “Gosto muito da Red Bull por essa possibilidade de “tirar” a hegemonia da Mercedes. Mas me considero muito mais um fã do espetáculo em si, do que de equipes e pilotos”, encerrou Squizato.

Não importa se você acompanha a F1 desde muito cedo ou só assistiu a partir da série, não tem uma maneira certa e errada de gostar e torcer. O importante é a popularização cada vez maior do esporte e que, com certeza, Drive to Survive tem ajudado a difundir.



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