Gabriel Bortoleto vive o sonho: Brasil volta ao grid da F1 e reencontra sua história em Interlagos

Depois de sete anos, o público brasileiro volta a ver sua bandeira no grid da Fórmula 1. Em Interlagos, Gabriel Bortoleto transforma o sonho em realidade.

O som dos motores ainda ecoa distante, mas Interlagos já pulsa em verde e amarelo. O público chega mais cedo, bandeiras se multiplicam nas arquibancadas e, a cada menção ao nome de Gabriel Bortoleto, a resposta é imediata: aplausos, orgulho e um sentimento que o país esperava reviver há muito tempo.
Depois de seis anos, o Brasil volta a ter um piloto titular no grid da Fórmula 1 — e o reencontro acontece justamente onde tudo começou: no Autódromo José Carlos Pace.

Um brasileiro de volta ao grid
Desde a despedida de Felipe Massa, em 2017, o país acompanhava o Mundial apenas como espectador. O retorno de Bortoleto marca mais do que o fim de uma ausência: simboliza a retomada de uma tradição que moldou gerações. Campeão da Fórmula 3 em 2023 e da Fórmula 2 em 2024, o paulista de 20 anos chegou à Sauber pela porta da competência: resultado de uma trajetória sólida nas categorias de base e de um amadurecimento acelerado dentro da equipe suíça.

Com postura técnica e desempenho consistente, Bortoleto conquistou respeito rapidamente. Os engenheiros da Sauber destacam seu equilíbrio e capacidade de leitura em corrida, qualidades que o transformaram em peça importante no desenvolvimento do carro. A estreia no grid da F1, no início da temporada, foi recebida com entusiasmo, mas é em Interlagos, diante da própria torcida, que o sonho ganha peso real.

Gabriel Bortoleto (BRA) Sauber.
Foto: XPB Images

A temporada da estreia
O primeiro ano de Bortoleto na Fórmula 1 foi marcado por progresso constante. O brasileiro pontuou pela primeira vez no GP da Áustria, mostrando maturidade estratégica e ritmo competitivo mesmo em meio a uma Sauber em fase de transição. Ao longo da temporada, manteve-se entre os destaques das equipes intermediárias, com classificações sólidas e poucas falhas.

A cada final de semana, o jovem paulista prova que pertence à categoria. Sua estreia é menos sobre glamour e mais sobre construção de base, com um estilo de pilotagem que combina frieza tática e maturidade incomum para alguém em seu primeiro ano. Em Interlagos, esse trabalho encontra o momento de celebração. Não há promessa de milagres, mas há um plano de longo prazo, e um piloto que começa a se firmar como símbolo dessa nova fase.

Interlagos, o elo entre gerações
Poucos circuitos carregam tanta memória quanto Interlagos. Foi aqui que Emerson Fittipaldi venceu a primeira corrida da história do Brasil na Fórmula 1, que Ayrton Senna chorou no alto do pódio em 1991, que Nelson Piquet consolidou títulos e que Felipe Massa viveu seu momento mais inesquecível em 2008.

Agora, o autódromo recebe um novo protagonista. Bortoleto não busca substituir ídolos — ele constrói o próprio caminho, em um tempo diferente, mas com a mesma essência. Para muitos torcedores, vê-lo acelerar em Interlagos é reviver o que há de mais puro no esporte: a emoção de torcer por alguém que carrega o mesmo sotaque, o mesmo sonho.

F1 1991, Brasil, Interlagos, pódio, Ayrton Senna
Foto: XPB Images

A aposta da Sauber e o futuro à vista
Nos bastidores, a Sauber trata o GP do Brasil com especial atenção. Mesmo sem o ritmo das equipes de ponta, o time vem em crescimento e já foca em sua transição para Audi em 2026. O fim de semana em São Paulo será mais um passo importante nessa construção.

Internamente, Bortoleto é visto como o pilar do novo projeto, alguém capaz de unir consistência e carisma. A equipe aposta em um bom desempenho, especialmente se o clima instável de Interlagos embaralhar o grid.

O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo de F1 in loco com os repórteres Gabriel Gavinelli e Nathalia de Vivo.



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