Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes e CEO da divisão esportiva da marca, comentou sobre a recente instabilidade econômica global, devida principalmente às novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, e garantiu que, até o momento, a equipe alemã ainda não foi diretamente afetada.
A questão tem gerado preocupação entre FIA, FOM e as equipes da Fórmula 1, que vêm discutindo não apenas os regulamentos técnicos para 2026, mas também o impacto financeiro que essas mudanças econômicas podem causar, especialmente para os fabricantes de motores. Christian Horner, chefe da Red Bull Racing, já havia alertado que os custos elevados poderiam afetar significativamente os novos projetos da categoria, especialmente sua parceria com a Ford, que é uma empresa com base nos EUA.
Para Wolff, a situação internacional é instável e complexa. “Minha formação é em finanças, então observo atentamente o que está acontecendo. O que estamos vendo globalmente parece quase um experimento socioeconômico. É até curioso ver a CNN e a Fox News e tentar entender o que de fato está se passando”, disse ele em conversa com jornalistas durante o fim de semana em Jeddah.
Embora Wolff reconheça que alguns parceiros da Mercedes nos Estados Unidos estão preocupados com os desdobramentos das tarifas, ele reforça que a equipe ainda não sentiu impactos diretos. “Você claramente percebe um sentimento negativo de alguns de nossos parceiros nos EUA, porque eles ainda não sabem o que isso significa para os negócios deles, como as tarifas e a geopolítica vão afetá-los. Mas até agora, isso não nos atingiu.”
O dirigente também destacou o papel do CEO global da Mercedes-Benz, Ola Källenius, na condução do grupo em meio à instabilidade. “Temos um grupo de grandes parceiros e a Mercedes-Benz apoia 100% a Fórmula 1. Ola está lidando com tudo isso com maestria, não haveria pessoa melhor para comandar o navio nessa tempestade. Por isso mesmo é frustrante termos finais de semana como esse, eu queria ao menos animá-lo um pouco no domingo”, acrescentou.
Apesar das incertezas, Wolff vê um ponto positivo na estrutura global da Mercedes. “É uma situação muito dinâmica. Em relação às tarifas automotivas, temos a sorte de possuir produção também nos Estados Unidos, então estamos bem posicionados dentro do cenário atual”, encerrou o chefe da Mercedes.