Fórmula 1: Tensão entre pilotos e FIA preocupa Russell: “Tempos sem precedentes”

George Russell, que é diretor da Grand Prix Drivers Association (GPDA) ao lado de Carlos Sainz, afirmou que as relações entre os pilotos da Fórmula 1 e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) vivem um momento “sem precedentes”, marcado por tensões e desentendimentos. O britânico da Mercedes criticou o excesso de discussões sobre punições e censura, em vez de melhorias no esporte.

“São tempos sem precedentes nos últimos 18 meses, com tantas mudanças e conflitos. A GPDA foi criada para debater segurança e evolução do esporte, não política. Agora, falamos mais de multas e palavrões do que de corridas”, afirmou Russell durante conversa com a imprensa.

A tensão entre os pilotos e a federação se intensificou no final da temporada passada, quando o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, condenou publicamente o uso de palavrões na categoria. Antes da abertura da temporada 2025, uma nova regra foi adicionada e pilotos passaram a ser punidos pelo uso dessas palavras.

A reação negativa veio não só da Fórmula 1, como de várias outras modalidades, como o rally, onde pilotos fizeram um protesto e passaram a não dar entrevistas após cada etapa. Recentemente, Ben Sulayem admitiu que pode revisar a regra, mas até o momento nenhuma medida foi formalizada.

“Queremos o melhor para a F1. Estamos aqui para correr, criar um bom espetáculo e desenvolver carros rápidos e seguros. Algo precisa mudar”, pontuou Russell, que no ano passado ajudou a redigir uma carta ao dirigente da FIA.

As fortes críticas a Ben Sulayem se fortalecem justamente em ano de eleição dentro da entidade. Dois candidatos já aparecem como possibilidade: Susie Wolff, esposa de Toto Wolff e responsável pela F1 Academy e outros projetos de inclusão dentro da FIA; e Carlos Sainz Sr., pai de Carlos Sainz, um dos grande nomes do rally e também critico à gestão de Sulayem.

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