Laurent Mekies fará sua estreia oficial como chefe de equipe na Red Bull Racing, neste próximo fim de semana no GP da Bélgica de Fórmula 1, e já enfrenta um desafio importante: melhorar o rendimento do segundo carro da equipe. A recomendação vem de Jolyon Palmer, ex-piloto de F1 e comentarista do F1 Nation Podcast, que acredita que esta deve ser a prioridade imediata do francês.
Após doze etapas realizadas em 2025, o desequilíbrio de performance dentro da Red Bull é gritante. Enquanto Max Verstappen já soma 165 pontos, o segundo carro do time, pilotado por Yuki Tsunoda, conquistou apenas dez, depois de substituir Liam Lawson a partir da terceira corrida da temporada. O cenário reflete uma dificuldade que vem desde a saída de Daniel Ricciardo em 2018, passando por passagens apagadas de Pierre Gasly, Alex Albon e, mais recentemente, a queda de rendimento de Sergio Perez até o ano passado.
“Se você tem dois carros iguais, é preciso entender por que um piloto é tão eficiente e o outro não”, afirmou Palmer. “Mesmo a Red Bull está coçando a cabeça se perguntando como ninguém consegue se aproximar de Max.”
Palmer também vê em Mekies um perfil com potencial para ajudar diretamente Tsunoda, com quem trabalhou no passado: “Ele tem esse espírito de ‘azarão’, e deve tentar resgatar a versão mais competitiva de Yuki, aquela que classificava entre os três primeiros tempos. Compreender melhor o papel do segundo piloto será essencial. Se vão conseguir encontrar desempenho aí, é outra história”, disse ele.
A situação de Tsunoda é especialmente delicada. O japonês luta para manter sua vaga na Fórmula 1 e, com desempenho muito abaixo do esperado, tende a ser substituído por Isack Hadjar em 2026. O francês, que estreou bem na equipe satélite Racing Bulls, é apontado como favorito à vaga, enquanto Liam Lawson deve permanecer como referência técnica, também na Racing Bulls. Arvid Lindblad, destaque na Fórmula 2 e que participou do TL1 com a Red Bull em Silverstone, também está no radar.
Com poucas opções para o futuro, o nome de Tsunoda aparece vinculado à Cadillac, que avalia alternativas como Valtteri Bottas, Sergio Perez e Mick Schumacher. Há também a possibilidade de um cargo de piloto reserva na Aston Martin, futura parceira da Honda a partir de 2026, o que manteria uma ligação estratégica com o fabricante japonês.
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