Franz Tost, ex-chefe da equipe Toro Rosso/AlphaTauri (atual Racing Bulls), criticou duramente os funcionários das equipes que reclamam da carga de trabalho envolvida em uma temporada da Fórmula 1. O calendário de 2025 terá 24 corridas pelo segundo ano consecutivo, o maior número da história da categoria.
O número de corridas no calendário tem aumentado constantemente nos últimos anos, levando a preocupações sobre o esforço colocado sobre aqueles que viajam para todos os eventos. Mas Tost, que comandou a equipe Toro Rosso/AlphaTauri por dezoito anos, chamou as reclamações sobre o assunto de ‘uma piada’.
“Acho que 24 corridas são totalmente boas”, disse Tost, citado pelo motorsport-total.com. “As pessoas sempre dizem que os mecânicos estão sobrecarregados. Isso é uma piada total. Eles não estão sobrecarregados nem um pouco.”
O tetracampeão Max Verstappen expressou seu incômodo com o calendário expandido da F1 no ano passado, afirmando que 24 corridas ultrapassam o limite.
Tost relembrou seus primeiros anos envolvido na F1, destacando que a programação para a equipe era mais agitada naquela época. “Tínhamos a corrida no final de semana e, na terça, quarta e quinta-feira, testávamos. No começo, tínhamos até dois carros testando. E eram sempre os mesmos técnicos e engenheiros. Nunca ouvi uma reclamação deles naquela época”, acrescentou.
O ex-chefe de equipe também criticou a regra do ‘toque de recolher’ na F1, que impede atividades nas equipes entre 21h e 8h. “Agora existe um ‘toque de recolher’ na Fórmula 1, o que significa que tudo termina às 21h da noite até as 8h da manhã seguinte. Jesus, o que mais eles querem? Eles trabalham na Fórmula 1, isso é um privilégio. Esse negócio todo de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, toda essa porcaria, é totalmente inútil. Você não precisa de nada disso. É algo para pessoas que são muito preguiçosas para trabalhar”, finalizou Tost.