Não podíamos terminar 2025 sem deixar aqui um artigo com os highlights do ano. Há certamente corridas que ninguém esquecerá e talvez por ser mais recente, a que fez de Lando Norris campeão talvez seja uma delas. Não por ser a mais recente, mas por ser também uma das mais importantes que acabou por ditar o 1º lugar do pódio.
Todo ano merece ser relembrado e este, apesar de ainda não ter terminado, não é exceção. Portanto, se é fã de jogos de cassino, faça uma pausa. Se estiver a comprar os últimos presentes para o natal, faça também uma pausa.Independentemente do que estiver fazendo, tire um tempo para, juntos, olharmos para 2025 e relembrarmos seus melhores momentos.
Campeonato decidido na última volta: o triunfo inesquecível de Lando Norris
Lando não vai esquecer; a sua namorada, Magui Corceiro, também não, e você provavelmente também não. Ele ajudou a quebrar o jejum de 19 anos da McLaren. Foi no calor de Abu Dhabi que ele se sagrou campeão e é bem provável que tenha acompanhado tudo.
Norris terminou o campeonato com 423 pontos, apenas dois a mais do que Max Verstappen, que fechou com 421. Oscar Piastri completou o trio da disputa, mesmo sem vencer a corrida final, o britânico mostrou frieza, maturidade e uma consistência impressionante ao longo do ano.
Foram cinco vitórias e doze pódios, números que não chamam tanto a atenção quanto o domínio absoluto de outros campeões do passado, mas que refletem algo ainda mais valioso: regularidade. Enquanto os rivais oscilaram em alguns momentos, Norris esteve quase sempre lá, somando pontos quando precisava e evitando erros nos finais de semana decisivos.
Corridas memoráveis que transformaram 2025 numa temporada especial
O Grande Prêmio do Brasil foi, sem dúvida, um dos capítulos mais caóticos e emocionantes da temporada. Foram sete bandeiras vermelhas e três safety cars, um recorde em 2025, causados por chuva intensa, acidentes e decisões estratégicas no limite.
Em Singapura, o espetáculo veio da intensidade constante. A corrida registou 128 ultrapassagens, o maior número do ano, num traçado conhecido por não facilitar a vida de quem tenta passar. Oscar Piastri foi o mais rápido nos treinos, mas duas bandeiras vermelhas durante a prova baralharam estratégias e mantiveram tudo em aberto até ao final.
Já o GP de Mônaco seguiu pelo caminho oposto. Apenas dois abandonos, num fim de semana marcado por precisão absoluta, foco máximo e margens mínimas. Foi uma daquelas corridas em que qualquer erro custaria caro, e quase ninguém errou.
Despedidas, estreias e decisões que mexeram com o grid
Fora da pista, 2025 também foi um ano de transição. A Renault encerrou oficialmente a sua trajetória como fornecedora de motores, colocando um ponto final em mais de 50 anos de história na Fórmula 1. Foram 15 títulos de construtores e 12 de pilotos, um legado pesado que se despediu discretamente. A Alpine utilizou o último motor antes de anunciar parceria com a Honda para 2026.
Entre as novidades, Arvid Lindblad fez a sua estreia na categoria pela Racing Bulls, substituindo Yuki Tsunoda após uma lesão. Mesmo sob pressão, mostrou adaptação rápida, boa leitura de corrida e deixou claro que não está ali apenas para “aprender”.
Lewis Hamilton, por sua vez, decidiu ficar, renovou com a Mercedes até 2026, manteve o número 44 e segue como uma das figuras centrais da categoria, tanto pelo talento quanto pela influência fora das pistas.
Regras, tecnologia e segurança: o que mudou em 2025
A FIA aproveitou 2025 para ajustar peças importantes antes da grande revolução prevista para 2026. A extinção do ponto extra pela volta mais rápida, o aumento do peso mínimo dos carros para 800 kg e o ajuste do limite de peso dos pilotos para 82 kg ajudaram a equilibrar o grid.
Outra mudança relevante foi a introdução obrigatória de sistemas de resfriamento para os pilotos em provas com calor extremo. Após episódios preocupantes no Bahrein e no Catar, a segurança passou a falar mais alto.
O DRS também sofreu ajustes, com redução da abertura da asa traseira. Tudo isto já serve como preparação para a chegada das asas móveis e da aerodinâmica ativa em 2026, que promete mudar a forma como se corre e se ultrapassa.
Sustentabilidade e dinheiro: a Fórmula 1 pensa no futuro
O futuro da Fórmula 1 não passa apenas pela pista. O novo acordo global de direitos de transmissão, válido a partir de 2026, vai gerar um aumento médio de US$ 140 milhões por ano, bem acima dos cerca de US$ 85 milhões anteriores. Isso traz mais estabilidade financeira para as equipes e para a própria categoria.
Ao mesmo tempo, a sustentabilidade ganhou importância real. A FIA confirmou que 70% das equipes já utilizam energia solar em suas instalações, com a meta de chegar a 100% até 2030. Os combustíveis renováveis deixaram de ser discurso e passaram a ser prática.
