Logo após o GP de São Paulo de Fórmula 1 deste ano, surgiram boatos que sugeriam que algumas equipes estariam recorrendo a um recurso para controlar o desgaste da prancha dos carros. Os rumores ganharam forças após a desclassificação dos dois carros da McLaren no GP de Las Vegas, pautada justamente no excesso de desgaste da prancha.
Alguns veículos chegaram a afirmar que o chefe-técnico da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Joe Bauer, teria detectado anomalias em “dois ou três carros” após a corrida sprint no Autódromo de Interlagos. Segundo a publicação, impactos severos na parte inferior de alguns carros motivaram uma inspeção geral das pranchas, na qual teria sido encontrado um “dispositivo diferente”. A federação, então, teria determinado a retirada das peças antes da classificação. A Ferrari e a Red Bull estariam entre as mais afetadas, enquanto a McLaren já trabalharia dentro da orientação.

A teoria girava em torno dos skid blocks de titânio, que são usados para medir desgaste e que, supostamente, poderiam ser substituídos por versões mais espessas. Com o aquecimento, o metal se expandiria, protegendo a área medida pela FIA; ao esfriar, voltaria ao tamanho normal. No entanto, após Las Vegas, essa narrativa ruiu.
Mecânicos e membros da FIA teriam achado a história “motivo de piada”, segundo o portal The Race, porque o truque teria exatamente o efeito contrário: aumentaria o desgaste, já que camadas extras elevariam ainda mais a temperatura e o consumo dos blocos. As regras também proíbem qualquer cobertura que altere os sulcos de medição.
A avaliação mais aceita é que o time errou ao buscar um acerto mais agressivo em Vegas, após já ter operado no limite da altura mínima em São Paulo, especialmente na parte traseira do carro.
