F1: Wolff se anima com carro de 2026 após teste no simulador

Toto Wolff avaliou de forma positiva o primeiro contato com o carro da Mercedes para a temporada 2026 da Fórmula 1 e classificou a nova era da categoria como ‘fascinante’. O dirigente teve a oportunidade de observar o novo projeto da equipe no simulador e destacou o impacto das profundas mudanças técnicas previstas para o próximo ciclo de regulamentos.

A Fórmula 1 passará por uma grande reformulação em 2026, com carros mais leves, pneus menores, o fim do DRS e do MGU-H, além da introdução de aerodinâmica ativa e novos modos de potência, como o ‘Overtake Mode’ e o ‘Boost Mode’. Os motores também terão papel ainda mais híbrido, com maior participação elétrica de 50/50 e o uso de combustível sustentável.

“Vai ser fascinante”, afirmou Wolff. “Tivemos um período muito bem-sucedido ao longo desses anos, vencemos oito campeonatos, mas também tivemos anos difíceis depois disso. Então, essa era chega ao fim, uma era da qual vamos lembrar com muitas memórias positivas”.

O chefe da Mercedes destacou que a categoria entra agora em um novo estágio tecnológico: “Agora estamos começando de fato a era híbrida. Estamos falando de motores com 50% de energia elétrica e combustível sustentável, o que adiciona mais um nível de inovação. Acabei de sair do simulador vendo o carro andar, e vai ser fascinante”, disse ele.

A Mercedes se despediu recentemente do motor V6 híbrido que marcou a era mais dominante da equipe, responsável por sete títulos de pilotos e oito de construtores com o próprio time, além de mais conquistas com a McLaren (que utiliza motores Mercedes). Apesar disso, Wolff reconheceu que o sucesso dos motores não foi acompanhado pelo mesmo nível de desempenho no chassi durante a era do efeito solo.

F1 2024, Fórmula 1, Bahrein, Sakhir
Foto: XPB Images

Mesmo com expectativas elevadas em torno da unidade de potência da Mercedes para 2026, Wolff tratou de conter qualquer clima de favoritismo: “Nunca estamos confiantes”, disse no podcast Beyond The Grid. “Somos pessoas do copo meio vazio, nunca meio cheio”.

O dirigente lembrou que equipes clientes também representam concorrência direta: “Começa com o inimigo em casa. A McLaren foi a melhor equipe este ano com uma unidade de potência Mercedes. Então, se o motor for superior, o que nunca achamos que temos o direito de dizer, você ainda precisa bater Williams, McLaren e Alpine”, acrescentou sobre suas equipes clientes em 2026.

Wolff também alertou para o potencial de surpresa dos concorrentes: “Alguns tiveram mais tempo de desenvolvimento no túnel de vento por não terem ido tão bem no campeonato de construtores. Outros podem aparecer com inovações que talvez não tenhamos percebido. Esses rumores são perigosos. Sempre tem alguém dizendo que somos favoritos, mas eles estão vindo, e é por isso que não nos deixamos levar por qualquer fofoca”, concluiu o dirigente austríaco.



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