Toto Wolff, chefe da Mercedes, criticou publicamente os recentes protestos da Red Bull na Fórmula 1, classificados por ele como “ações pouco realistas”. Durante a coletiva de chefes de equipe no GP da Áustria 2025, o dirigente pediu que a FIA estabeleça punições financeiras mais duras para evitar o uso excessivo desse recurso.
“É absolutamente legítimo protestar. Estamos lutando por vitórias e campeonatos, e se alguém achar que viu algo errado, deve protestar. Mas algumas dessas ações não são reais”, disse Wolff.
Ele se referiu aos protestos da Red Bull após os GPs do Canadá e de Miami. Segundo Wolff, houve exageros ao contestar situações como comportamento antidesportivo e a distância entre um carro e o Safety Car.
“Você espera duas horas para entender em que basear o protesto, depois retira um deles, e todos acabam esperando cinco horas pelo resultado final. Isso não é necessário”, criticou.

Wolff também se mostrou favorável à imposição de multas em protestos considerados infundados, mesmo reconhecendo que valores altos não são populares. “Ninguém gosta de multas altas. Mas se você perde um protesto e ainda sai com um prejuízo financeiro, talvez pense duas vezes antes de entrar com outro. Acho que a FIA está pensando dessa forma também”, afirmou.
Para ele, a credibilidade da Fórmula 1 depende de decisões rápidas e coerentes. “Não podemos deixar que protestos longos e infundados prejudiquem a imagem da categoria. É importante preservar o espetáculo e o bom senso nas disputas.”
As falas de Wolff encontram eco dentro do paddock, onde a demora nas decisões e as possíveis brechas nos regulamentos têm sido motivos de frustração. Ao defender sanções mais rígidas, o dirigente da Mercedes quer que as equipes usem o direito de protestar com responsabilidade e apenas quando houver fundamentos sólidos.
As sugestões de Wolff somam-se aos esforços da FIA para revisar o procedimento de protestos e evitar que disputas administrativas ofusquem as batalhas dentro da pista na Fórmula 1.