F1: Verstappen campeão em 2025? O que a matemática diz

Max Verstappen reacendeu a esperança com duas vitórias consecutivas – primeiro em Monza e agora nas ruas de Baku. O tetracampeão não apenas voltou ao topo do pódio, como somou estatísticas de peso: alcançou a 67ª vitória da carreira, o sexto grand chelem (pole, volta mais rápida, todas as voltas na liderança e vitória) e o 14º hat-trick. A questão que se impõe agora é: há chances reais de título em 2025?

A resposta da matemática é clara: sim, mas não depende só dele. Existem cenários possíveis, mas todos passam por uma combinação delicada de perfeição de Verstappen e tropeços dos rivais da McLaren.

O ponto de partida
Após o GP do Azerbaijão, a classificação mostra Oscar Piastri na liderança com 324 pontos, seguido por Lando Norris com 299. Verstappen aparece em terceiro, com 255. Restam sete etapas no calendário, sendo três delas em formato Sprint – o que aumenta o número de pontos em jogo, mas não muda a lógica central: Verstappen já não depende apenas de si.

Cenário 1: vitória em todas as corridas
Se Verstappen vencer as sete provas restantes e todas as Sprints, ele terminaria a temporada com 454 pontos. Nesse cenário, porém, se Piastri for segundo em todas, o australiano chegaria a 471 pontos e levaria o título com 17 de vantagem. Ou seja: mesmo perfeito, o holandês ainda ficaria atrás.

Cenário 2: vitória em todas + Norris como perseguidor
Ainda nesse caminho de vitórias seguidas, se o rival direto fosse Norris – terminando em segundo em todas – Verstappen superaria o britânico por 8 pontos. Isso mostra que o tetracampeão ainda pode derrotar Norris em uma disputa direta, mas precisa que Piastri perca terreno.

F1 2025, Fórmula 1, GP do Azerbaijão, Baku
Foto: XPB Images

Onde a Red Bull pode sonhar
Não se trata apenas de contas: as pistas que restam no calendário também ajudam a projetar o que pode acontecer. Entre as sete etapas, três circuitos parecem se alinhar melhor ao perfil da Red Bull e ao histórico de Verstappen:

México: a altitude e a longa reta principal criam condições em que a Red Bull já se mostrou eficiente, mesmo em 2025.

São Paulo (Interlagos): também em altitude, é um circuito em que Verstappen tem um retrospecto positivo, capaz de explorar a tração e a velocidade de reta do RB21.

Las Vegas: com retas extensas e baixa aderência, pode oferecer um cenário semelhante ao que vimos em Monza e Baku, onde Verstappen dominou.

Em tese, essas são as corridas em que a Red Bull pode beliscar vitórias e manter viva a chama do título.

Onde a McLaren é favorita
Já em Singapura, Estados Unidos (COTA), Qatar e Abu Dhabi, o desenho das pistas e a exigência de alto downforce jogam a favor da McLaren, que tem mostrado maior consistência no ritmo de corrida e menor desgaste de pneus em circuitos mais técnicos. Para Verstappen, esses quatro compromissos podem ser os mais difíceis.

A leitura do campeonato
A matemática, portanto, evidencia a realidade: Verstappen precisa ser perfeito e ainda contar com falhas da McLaren. O contexto do calendário reforça essa dificuldade: mesmo que o holandês aproveite pistas mais favoráveis como México, São Paulo e Las Vegas, a McLaren continua com mais oportunidades de pontuar forte em quatro circuitos de alta carga aerodinâmica.

Verstappen provou que ainda é capaz de vencer corridas com autoridade. Mas para transformar essa arrancada em título, precisará de algo que nunca depende só da pilotagem: uma combinação improvável de vitórias perfeitas em seus terrenos favoritos e tropeços dos rivais nos palcos que mais favorecem a McLaren.



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