F1: Verstappen aponta GP do Canadá de 2018 como virada decisiva na carreira

A Fórmula 1 tem inúmeros momentos que marcam a trajetória de grandes pilotos, e Max Verstappen revelou qual foi o ponto de inflexão que mudou definitivamente sua história na categoria. Em participação no podcast Talking Bulls, o tetracampeão mundial afirmou que o GP do Canadá de 2018 representou a virada mental e esportiva que faltava para destravar todo o seu potencial na F1.

Segundo Verstappen, o início daquela temporada foi marcado por erros e frustração. O holandês explicou que, nas primeiras sete corridas de 2018, acabou entrando em um ciclo negativo, tentando forçar resultados e cometendo ainda mais falhas. “No começo de 2018, eu estava errando muito. Você entra numa espiral negativa, tenta pressionar ainda mais e nada funciona. Eu fiquei muito chateado comigo mesmo”, contou.

O cenário mudou no fim de semana do Grande Prêmio do Canadá, disputado no Circuit Gilles Villeneuve, quando Verstappen terminou a corrida na terceira posição. Apesar de não ter vencido, ele destacou que aquela atuação foi determinante. “Tive uma virada em Montreal. Tenho que dizer que foi ali que tudo realmente fez sentido”, afirmou o piloto da Red Bull, ressaltando que, a partir daquele momento, sua abordagem mudou completamente.

A prova canadense encerrou uma sequência de resultados irregulares e abriu caminho para uma fase muito mais consistente. Desde aquele GP, Verstappen se consolidou como referência no grid, acumulando vitórias, pódios e desempenhos dominantes. De acordo com os números citados pelo próprio piloto, ele conquistou impressionantes 68 vitórias desde então, um reflexo direto da maturidade adquirida após aquele episódio.

Max Verstappen (Red Bull) - Canadá
Foto: DAN ISTITENE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP

O impacto dessa evolução não passou despercebido por nomes históricos da categoria. Recentemente, Ralf Schumacher colocou Verstappen entre os maiores pilotos da história da Fórmula 1. Para o ex-piloto alemão, o holandês divide esse patamar apenas com Michael Schumacher, seu irmão e heptacampeão mundial.

Ralf destacou justamente a capacidade de Verstappen em aprender com os próprios erros e transformar momentos difíceis em combustível para crescimento. Segundo ele, a busca constante por desempenho máximo, aliada à frieza sob pressão e à habilidade de extrair o melhor do carro, são características que unem Verstappen e Michael Schumacher em um nível raríssimo dentro da F1.

Ao revisitar 2018, Verstappen deixa claro que o talento sempre esteve presente, mas foi a mudança de postura após Montreal que o colocou definitivamente no caminho dos títulos. Hoje, ao olhar para trás, o holandês vê naquele GP não apenas um bom resultado, mas o início da carreira dominante que o transformou em um dos grandes nomes da história da Fórmula 1.



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