Fred Vasseur, chefe da Ferrari, tratou com naturalidade o desabafo de Lewis Hamilton após a eliminação ainda no Q1 no GP de Abu Dhabi de Fórmula 1. O britânico afirmou estar ‘cheio de raiva e frustração’, reação que refletiu seu difícil primeiro ano com a equipe italiana.
Hamilton viveu uma temporada marcada por resultados abaixo das expectativas, tentando compreender como extrair mais desempenho do SF-25. A Ferrari completou 2025 sem nenhuma vitória em GP, algo que não acontecia desde 2021, e Hamilton se tornou apenas o sétimo piloto a concluir um campeonato completo pelo time sem um pódio.
Vasseur, porém, minimizou o peso das declarações feitas minutos após o piloto deixar o carro em Abu Dhabi: “Não dou atenção à reação na TV. Às vezes, eles falam no microfone ou no rádio cinco minutos depois da sessão. Entendo que o cara pode estar um pouco emocional e quer voltar ao escritório para discutir com os engenheiros”, afirmou.
O dirigente reforçou que, para ele, o mais importante é a postura dentro da equipe: “Quero alguém que volte para nós e pressione o time a fazer um trabalho melhor. Trabalhamos juntos para buscar melhores resultados. A emoção no rádio depende de cada um, vocês sabem disso perfeitamente”.
Vasseur também comentou sobre Charles Leclerc, destacando que o comportamento do monegasco segue a mesma lógica de cobrança interna: “Charles sempre tem um pouco de crítica com ele mesmo, com o time e com todos, mas sempre numa dinâmica positiva. Conheço o Charles há dezesseis anos, ele sempre foi assim. Reclama de tudo, mas é de forma construtiva”, acrescentou.
Para o chefe da Ferrari, tanto Hamilton quanto Leclerc mantêm uma abordagem que ele considera saudável: “Independentemente de estarmos em P4, P3 ou P1, o DNA é fazer um trabalho melhor. O mais importante é que mantenham essa mesma postura no debriefing da equipe”, completou.