Martin Brundle ficou impressionado com a exibição de Max Verstappen no GP de São Paulo. Em sua coluna para a Sky Sports, o ex-piloto de Fórmula 1 e atual comentarista, destacou o desempenho do holandês, que largou do pit lane e ainda assim conquistou um lugar no pódio em P3, classificando a corrida como uma das mais marcantes da carreira do tetracampeão.
“Foi uma corrida para os livros de história”, afirmou Brundle. “Verstappen começou do pit lane porque o carro estava terrível na sessão de classificação, e a equipe decidiu mudar completamente o acerto e colocar um novo motor. A partir daí começou uma das corridas mais impressionantes que já vimos, ultrapassando um pelotão muito mais equilibrado e em condições totalmente secas”.
Brundle observou que o piloto da Red Bull Racing aproveitou bem o caos das voltas iniciais: “Ele evitou todos os incidentes entre (Carlos) Sainz, (Lewis) Hamilton, (Lance) Stroll e (Gabriel) Bortoleto. O safety car o ajudou a se aproximar dos líderes, mas depois ele teve um furo de pneu e precisou parar. Mesmo assim, voltou voando com pneus novos, sendo clínico nas ultrapassagens e implacável no ritmo. Ficou claro rapidamente que o pódio era inevitável”, afirmou.

O britânico fez questão de destacar que a performance não foi resultado de sorte ou circunstâncias externas: “Foi uma corrida para a história, Max não conseguiu isso porque choveu ou por causa de bandeiras vermelhas, como no ano passado, mas sim por pura velocidade e habilidade, em um dos grids mais competitivos que a Fórmula 1 já viu”.
Brundle também elogiou a estratégia da Red Bull, que soube tirar proveito de um jogo extra de pneus macios, disponível justamente porque Verstappen havia sido eliminado no Q1: “Esses pneus precisavam durar dezessete voltas, e desde que ele saiu dos boxes”, acrescentou.
Lando Norris venceu a corrida, com uma vantagem de dez segundos, mas o próprio britânico admitiu que Verstappen provavelmente teria vencido se tivesse largado mais à frente. Brundle concordou: “Norris liderou sem ser desafiado, mas nunca teve uma margem realmente confortável. Se Max tivesse começado na frente com um carro sem problemas, provavelmente teria vencido essa corrida”, completou.
