Segundo Norris, Antonelli e Leclerc, o vento, o clima e o traçado curto transformam cada volta em um teste de reflexos e controle. “Um décimo muda tudo”, resumiu o pole britânico
A classificação para o Grande Prêmio de São Paulo da Fórmula 1 de 2025 deixou claro por que Interlagos é considerado um dos circuitos mais traiçoeiros do calendário. O vento variável, a temperatura instável e o traçado curto transformaram cada volta em um exercício de precisão extrema. Segundo os próprios pilotos, bastava um erro de centímetros ou um sopro a mais de vento para alterar completamente o equilíbrio do carro.
Lando Norris, pole position e vencedor da Sprint mais cedo no sábado, descreveu o desafio com a naturalidade de quem sobreviveu à tempestade: “A cada volta o vento mudava três ou quatro quilômetros por hora, e isso já tira meio décimo. Às vezes você faz a mesma coisa e o carro reage diferente. Foi difícil achar constância. Nunca é perfeito aqui, mas foi bom o suficiente”, disse o piloto aos jornalistas incluindo o F1Mania.net.

Kimi Antonelli, que larga ao lado do britânico na primeira fila, confirmou que a luta contra o vento foi parte do roteiro. “O vento hoje foi uma dor de cabeça. Afeta o equilíbrio em todas as curvas, principalmente na parte alta do circuito. Travei um pouco na última curva, mas mesmo sem isso o Lando seria o mais rápido. Foi uma sessão difícil, mas estou satisfeito com o resultado.”
Charles Leclerc, terceiro colocado, reforçou o caráter imprevisível de Interlagos: “Este fim de semana está tudo tão apertado que meio décimo te deixa fora do Q1. Foi execução pura, não dava para errar nada. A diferença entre estar no topo ou fora da briga é mínima.”
Com o vento mudando de direção e intensidade a cada instante, o traçado paulista seguiu sua tradição de castigar excessos e premiar precisão. Interlagos mais uma vez expôs o limite invisível entre controle e caos — um palco em que, como definiu Norris, “um décimo pode mudar tudo”.
O F1MANIA.NET acompanha o GP de São Paulo de F1 in loco, com cobertura de Gabriel Gavinelli, Leonardo Marson e Nathalia De Vivo, direto de Interlagos.
